El fragmento que explicita la causa del cambio contra el c...
Para cualquier sistema educativo democrático, como viene señalando la UNESCO desde 1953, resulta básico dedicar un espacio suficiente a la reflexión sobre los contenidos aprendidos en el conjunto de las asignaturas, de modo que los futuros ciudadanos dispongan de la posibilidad de articular racionalmente esa peculiar cultura que les demandará su vida intelectual y laboral (política). Resulta por tanto necesario para un programa de universalización y conocimiento, que defienda la mejora y la calidad de la Educación, la existencia imprescindible de asignaturas en donde los estudiantes adquieran herramientas teóricas y contenidos específicamente filosóficos, asegurando así su adecuado desarrollo intelectual mediante la configuración, articulación y aplicación de los saberes científicos. Distintos sectores de la Sociedad quisiéramos transmitir nuestra preocupación ante la posibilidad de que uno de los pilares de nuestra tradición cultural se vea mermado por las distintas reformas educativas. La aplicación de la Ley Orgánica de la Educación (LOE) va a afectar, en general, a la posibilidad de una enseñanza integral y de calidad al devaluarse los contenidos más teóricos de la educación, como son los científicos y los filosóficos. Esto es debido a una orientación hacia la proliferación nada armoniosa de asignaturas optativas en el currículo. Arrastrada por esta inercia, esta reforma afectará a las asignaturas propiamente Filosóficas, alterando tanto los contenidos como la asignación de horas para su desarrollo. Frente a las actuales 2 horas semanales de las que dispone la asignatura de Ética, su sustituta, la Educación Ético–Cívica, sólo dispondrá en la Comunidad de Madrid de 1 hora. A la Filosofía y
Ciudadanía, que vendrá a reemplazar a la Filosofía de 1º de Bachillerato, sólo le corresponden (a falta de la publicación del Decreto autonómico que establezca el currículo de Bachillerato en la Comunidad de Madrid) 2 horas semanales. Y la Historia de la Filosofía de 2º de Bachillerato se encuentra en la misma situación. Esto significa que las asignaturas obligatorias vinculadas a la Filosofía podrían ver reducida su carga horaria en una proporción importante, además de ver recortado su contenido más propiamente filosófico. No obstante, a la espera de que la Comunidad de Madrid cumpla con su compromiso educativo, en el momento de la determinación del 35% del currículo que le compete, requerimos que apueste por una enseñanza de calidad, de manera tal que mantenga las horas necesarias para el desarrollo de los contenidos específicamente filosóficos. Expuesto lo anterior, solicitamos de la Consejería de Educación de la Comunidad de Madrid (a la que corresponde el establecimiento definitivo del currículo del Bachillerato en esta comunidad autónoma) lo siguiente: a) Que la asignatura de Ética de 4º E.S.O. vuelva a contar con sus dos horas semanales de clase. La situación de la Educación Ético–Cívica, con sólo una hora semanal de clase, hará casi imposible un tratamiento de los problemas que no consista en un adoctrinamiento ideológico. Esto, con independencia de cualquier posible característica interna de la asignatura, se debe sencillamente al poco tiempo del que dispondrá: con una hora a la semana será materialmente imposible intentar articular reflexivamente en clase las distintas Teorías Éticas y su fundamentación filosófica. b) Que la asignatura de Filosofía y Ciudadanía conserve las tres horas semanales de que dispone la Filosofía actual: Los contenidos mínimos establecidos en el currículo de Bachillerato requieren un tiempo suficiente para dotar a los alumnos de las herramientas conceptuales mínimas para articular la reflexión teórica exigida. La permanencia en el currículo de un bloque destinado a la introducción general a la filosofía, junto a los bloques específicos de filosofía política, hace que sea indispensable contar con esta tercera hora en 1º de Bachillerato. c) Que la asignatura de Historia de la Filosofía cuente con cuatro horas semanales de clase: De entre todas las asignaturas de las que los alumnos tienen que examinarse en la P.A.U., Historia de la Filosofía se encuentra en una situación desfavorable, pues dispone únicamente de 3 horas semanales para su desarrollo frente a las 4 horas de las que dispone el resto. Frente a este clamoroso agravio comparativose hace necesario disponer de 4 horas semanales para su desarrollo. Solicitamos, en definitiva, el apoyo de todos: de los profesores, que saben de la importancia de un exigente nivel de contenidos, de alumnos, madres y padres, de las Administraciones Públicas y de todo ciudadano conocedor de los requerimientos de una cultura democrática. Pues no reclamamos sino los medios y la organización necesarios para la formación científica y teórica de los ciudadanos cultos que nuestra sociedad reclama. Disponible en: Acceso en: 10 jun. 2011. Adaptado.
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Para identificarmos em qual das alternativas está explicitada a causa da mudança contra a que o texto em questão se manifesta, analisaremos uma a uma:
A) Essa alternativa está errada, pois no fragmento nela destacado não é falado sobre a causa do problema exposto no texto.
B) Essa alternativa está certa, pois aqui podemos identificar, a partir do trecho destacado, a causa da mudança com que o texto está manifestando-se contra, que é a implementação de disciplinas optativas no currículo escolar.
C) Essa alternativa está errada, já que nela não há nada sobre a causa da mudança sobre a qual o texto vai contra.
D) Essa alternativa está errada, pois nela não é dito nada sobre a causa da mudança sobre a qual o texto vai contra.
E) Essa alternativa está errada pelo mesmo motivo das anteriores.
Logo, a partir desta análise, podemos concluir que a resposta correta para esta questão é a letra B.
Gabarito dado pela banca: letra B.
Gabarito do professor: B.
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A divisão política e administrativa de Espanha tem a forma de dezessete comunidades autônomas, a que se somam Ceuta e Melilla, cujos estatutos de autonomia lhes atribuem a categoria de cidades autônomas. Assim, comunidades autônomas são como os nossos estados aqui no Brasil. O texto trata de fatos ocorridos na Comunidade Autônoma de Madri.
Quando se lê o texto, para nós brasileiros, fica parecendo que está se referindo a estudos de graduação superior, mas aqui não é o caso.
Na Espanha, atualmente, o bacharelado é estudado em uma escola secundária, constituindo-se de uma etapa pós-obrigatória do ensino secundário e, por isso, tem caráter voluntário e consiste de dois anos letivos. Ocorre após o ensino secundário obrigatório, entre 16 e 18 anos, sendo estudos anteriores para o ensino superior. Caso queira realizar curso universitário, necessário se faz fazer uma prova escrita de acesso à Universidade (PAU ou PAEU), uma espécie de vestibular. Essa avaliação faz parte dos exames de acesso à universidade (PAU ou PAEU), na qual, além do desempenho no vestibular, computam-se o desempenho no Bacharelado.
A sigla ESO que aparece no texto significa Educação Secundária Obrigatória, tradução de Educación Secundaria Obligatoria.
Manifesto da Plataforma em Defesa da Filosofia e a Educação Pública
Para qualquer sistema educativo democrático, como a UNESCO vem apontando desde 1953, é básico dedicar um espaço suficiente para a reflexão sobre os conteúdos aprendidos no conjunto em todas as disciplinas, de modo que os futuros cidadãos disponham da possibilidade de articular racionalmente essa peculiar cultura que demandará sua vida intelectual e profissional (política). Resulta, portanto, necessário para um programa de universalização e conhecimento, que defende a melhoria e a qualidade da educação, a existência imprescindível de disciplinas das quais os alunos adquirem ferramentas teóricas e conteúdos especificamente filosóficos, garantindo assim o seu adequado desenvolvimento intelectual, mediante a configuração, articulação e aplicação dos saberes científicos. Diferentes setores da sociedade gostaríamos de expressar a nossa preocupação com a possibilidade de que um dos pilares de nossa tradição cultural ser minado pelas diversas reformas educacionais.
A aplicação da Lei Orgânica de Educação (LOE) afetará, em geral, a possibilidade de um ensino integral e de qualidade ao depreciar os conteúdos mais teóricos da educação, como os científicos e filosóficos. Isto é devido a uma orientação para a proliferação nada harmoniosa de disciplinas opcionais no currículo. Levado por essa inércia, essa reforma afetará as disciplinas propriamente filosóficas, alterando tanto os conteúdos como a alocação de horas para o seu desenvolvimento. Perante as atuais duas horas semanais de que dispõe a disciplina de Ética, sua substituta, Educação Ético-Cívica, só disporá na Comunidade de Madrid de uma hora. A Filosofia e Cidadania, que irá substituir a Filosofia de 1º Bacharelado, só corresponde (por falta de publicação do decreto autônomo que estabelece o currículo de Bacharelado da Comunidade de Madrid) a duas horas semanais. E a História da Filosofia de 2º Bacharelado se encontra na mesma situação.
Isto significa que as disciplinas obrigatórias relacionadas com a Filosofia poderiam ver reduzida a sua carga horária em uma proporção importante, além de ver recortado seu conteúdo mais filosófico.
Não obstante, à espera que a Comunidade de Madrid cumpra com o seu compromisso educacional, no momento da determinação dos 35% do currículo que lhe compete, requeremos que decida por uma educação de qualidade, de maneira tal que mantenha as horas necessárias para o desenvolvimento dos conteúdos especificamente filosóficos.
a) Que a disciplina de Ética de 4º E.S.O. (Educação Secundária Obrigatória) (Educación Secundaria Obligatoria) volte a contar com suas duas horas semanais de aula. A situação da Educação Ético-Cívica, com apenas uma hora por semana de aula, tornará quase impossível o tratamento dos problemas que não consista de uma doutrinação ideológica. Isto, independentemente de qualquer possível característica interna da disciplina, se deve simplesmente ao pouco tempo disponível: com uma hora por semana será fisicamente impossível conseguir articular reflexivamente na sala de aula as diferentes teorias éticas e sua fundamentação filosófica.
b) Que a disciplina de Filosofia e Cidadania conserve as três horas semanais disponíveis de que dispõe a Filosofia atual: Os conteúdos mínimos estabelecidos no currículo de Bacharelado requerem um tempo suficiente a fim de dotar os alunos das ferramentas conceituais mínimas para articular a reflexão teórica exigida. A manutenção no currículo de um bloco destinado à introdução geral à filosofia, junto com os blocos específicos de filosofia política, faz com que seja indispensável contar com esta terceira hora no Bacharelato.
c) Que a disciplina História da Filosofia conte com quatro horas semanais de aula: de todas as disciplinas que os alunos têm de prestar provas no sistema de acesso aos estudos universitários, História da Filosofia se encontra em uma situação desfavorável, porque tem apenas três horas semanais para o seu desenvolvimento, frente às quatro horas disponíveis às demais. Diante desse clamoroso dano comparativo, faz-se necessário estabelecer quatro horas semanais para o seu desenvolvimento.
Solicitamos finalmente o apoio de todos: os professores, que sabem da importância de um exigente nível de conteúdos, dos alunos, mães e pais, das Administrações Públicas e de todo cidadão conhecedor das demandas de uma cultura democrática. Bem, reivindicamos apenas os meios e a organização necessários para a formação científica e teórica dos cidadãos cultos que a nossa sociedade exige.
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