Assinale a pergunta cuja resposta está no texto 1.
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Ano: 2024
Banca:
FEPESE
Órgão:
IPRECON - SC
Prova:
FEPESE - 2024 - IPRECON - SC - Analista de Gestão Administrativa |
Q3039849
Português
Texto associado
Ferrovias para SC: uma esperança
alimentada pelos números do agronegócio
O pujante agronegócio catarinense é motivo de orgulho para o estado, não apenas devido às suas cifras
impressionantes, mas também por ser um setor inovador, tecnologicamente avançado e ambientalmente
sustentável. Representando 31% do PIB de Santa
Catarina e contribuindo com 70% das exportações, o
agronegócio é o maior produtor de suínos do Brasil e
ocupa a vice-liderança na produção de aves.
Localizado na região oeste de Santa Catarina, o parque
agroindustrial é responsável por 60.000 empregos
diretos e 480.000 empregos indiretos. Nos últimos dois
anos, gerou 2.000 novos empregos e atualmente oferece 6.000 vagas de trabalho a serem preenchidas. Em
2022, os investimentos diretos totalizaram R$ 5 bilhões,
gerando um impacto econômico de R$ 7 bilhões que
beneficia inúmeros municípios catarinenses.
Esse setor é composto por cerca de 19.000 propriedades rurais de avicultura e suinocultura, além de 24.000
produtores de gado leiteiro. Anualmente, são processados 4.000.000 de frangos e 34.000 suínos por dia, totalizando 1 bilhão de aves e 9 milhões de suínos por ano.
Entretanto, a alimentação desse vasto rebanho exige
cerca de 6 a 7 milhões de toneladas de milho por
ano, utilizado na produção de rações. Santa Catarina
produz apenas cerca de 2 milhões de toneladas desse
cereal, sendo que 40% desse milho é destinado à silagem, não saindo da propriedade, e 60% é comercializado no mercado de grãos.
Os aproximadamente 5 milhões de toneladas de
milho restantes são adquiridos do centro-oeste do
Brasil, bem como do Paraguai e da Argentina, envolvendo despesas significativas com transporte rodoviário. As agroindústrias despendem anualmente
entre 6 e 7 bilhões de reais em frete para buscar milho
no centro-oeste, uma operação rodoviária cada vez
mais economicamente inviável e ambientalmente
desaconselhável.
A solução para esse desafio logístico é a construção de
uma ferrovia que conecte o oeste catarinense ao centro-oeste brasileiro. Pela primeira vez em 40 anos, está
surgindo a conscientização de que o desenvolvimento
e o futuro do oeste de Santa Catarina dependem de
uma ferrovia que una essas duas regiões.
Embora o Governo Federal tenha instituído o novo
marco legal das ferrovias por meio da MP 1065/2021,
ainda há trechos que precisam ser leiloados. Uma
alternativa vem do Paraná, onde a estatal Ferroeste
planeja construir ou estimular consórcios empresariais
para construir os trechos Cascavel-Chapecó (SC), Cascavel-Maracaju (MS) e Cascavel-Paranaguá (PR). Essas
rotas são essenciais para o oeste catarinense, pois
permitirão o acesso a matérias-primas vegetais que
serão transformadas em proteína animal e transportadas para os portos.
Para atrair investidores interessados no trecho Chapecó-Cascavel, um grupo de entidades catarinenses
patrocinou um estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental para demonstrar a viabilidade desse
empreendimento. A construção dessas ferrovias viabilizará a transferência eficiente de grãos para Santa
Catarina e o transporte dos produtos acabados para
os portos do Paraná. O trajeto terá cerca de 280 quilômetros e custará em torno de R$ 6 bilhões.
Além disso, outra proposta é a construção da “Ferrovia do Frango,” uma ferrovia intraterritorial com
mais de 600 quilômetros de extensão que ligará o
extremo-oeste aos portos marítimos. O governo
estadual de Santa Catarina já contratou o projeto do
trecho Correia Pinto-Chapecó. Ambas as ferrovias são
complementares.
Disponível em: https://clicrdc.com.br/categoria-geral/ferrovias-para-sc-uma-esperanca-alimentada-pelos-numeros-do-agronegocio/.
Acesso em: 25 de abr 2024. Publicado em: 23 de out 2023.
Assinale a pergunta cuja resposta está no texto 1.