Prólogo da te...
A primeira edição destas Memórias póstumas de Brás Cubas foi feita aos pedaços na Revista Brasileira, pelos anos de 1880. Postas mais tarde em livro, corrigi o texto em vários lugares. Agora que tive de o rever para a terceira edição, emendei alguma coisa e suprimi duas ou três dúzias de linhas.
O que faz do meu Brás Cubas um autor particular é o que ele chama de “rabugens de pessimismo". Há na alma deste livro, por mais risonho que pareça, um sentimento amargo e áspero, que está longe de vir de seus modelos. Não digo mais para não entrar na crítica de um defunto que se pintou a si e aos outros, conforme lhe pareceu melhor e mais certo.
Machado de Assis
(Machado de Assis. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986)
Neste prólogo, há uma clara referência ao fato de que
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B
era muito comum, ao tempo dos nossos escritores românticos e realistas, publicar-se aos poucos o chamado romance de folhetim.
O folhetim é uma narrativa literária, seriada dentro dos gêneros prosa de ficção e romance. Quanto ao formato, é publicada de forma parcial e sequenciada em periódicos como nos jornais e revistas; quanto ao conteúdo: apresenta narrativa ágil, profusão de eventos e ganchos intencionalmente voltados para prender a atenção do leitor.[1]
O folhetim surgiu na França no início do século XIX. Foi importado para o Brasil logo depois, fazendo enorme sucesso na segunda metade do século XIX. Eram publicados diariamente em jornais da capital do Império (Rio de Janeiro) e jornais do interior, em espaços destinados a entretenimento.
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