A endocardite bacteriana é uma infecção grave que resulta da...

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Q851093 Odontologia

A endocardite bacteriana é uma infecção grave que resulta da proliferação bacteriana nas superfícies cardíacas danificadas em consequência da febre reumática, lesões valvulares adquiridas, defeitos do septo ventricular, entre outras condições patológicas. O fato de microrganismos comuns à cavidade bucal serem responsáveis por uma proporção significativa de agentes causais da endocardite bacteriana, é imperioso que o cirurgião-dentista investigue esta condição em seu paciente, considerando que


I. qualquer manipulação dentária que provoque sangramento gengival (até mesmo um exame intrabucal com espelho, sonda periodontal e explorador) pode acarretar bacteremia passageira em paciente cuja anamnese mostrou ser portador de valvulopatia.

II. em se tratando de pacientes com histórico prévio de endocardite bacteriana, é desnecessário, em qualquer tipo de tratamento dentário, procedimentos profiláticos uma vez que houve produção de anticorpos protetores.

III. em pacientes que se submeteram à derivação cirúrgica das artérias coronárias, (revascularização do miocárdio) o risco de desenvolver endocardite bacteriana pós-tratamento dentário é sempre muito elevado.

IV. muito embora a endocardite bacteriana possa ocorrer em pacientes sem lesões cardíacas previamente documentadas, a profilaxia antibiótica é desnecessária e só se justifica nos pacientes com anormalidades subjacentes conhecidas.


Está correto o que se afirma APENAS em

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Segundo a AHA, pacientes que fizeram cirurgia de revascularização coronária são considerados de BAIXO RISCO para endocardite, sendo a profilaxia NÃO RECOMENDADA.

EM TODOS OS PROCEDIMENTOS QUE ENVOLVAM A MANIPULAÇÃO DE TECIDO GENGIVAL OU A REGIÃO PERIAPICAL OU A PERFURAÇÃO DA MUCOSA ORAL A PROFILAXIA ESTÁ RECOMENDADA.

São considerados pacientes com risco elevado de endocardite bacteriana:

  • Portadores de próteses valvares;
  • Com histórico endocardite bacteriana prévia;
  • Portadores de cardiopatias congênitas cianogênicas ou com shunt intra-cardíaco;
  • Pacientes que desenvolveram valvopatias após um transplante cardíaco.

Os procedimentos de alto risco são:

  • Tratamentos dentários que envolvam manipulação da gengiva ou região periapical, bem como perfuração da mucosa oral.
  • Procedimentos em vias respiratórias com incisão ou biópsia da mucosa, tonsilectomia, adenoidectomia.
  • Procedimentos invasivos em pele infectada ou tecido músculo-esquelético infectado.

Fonte: https://aps.bvs.br/aps/como-e-quando-indicar-a-profilaxia-com-antibioticos-em-valvopatas/

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