Tom, com vinte e três anos de idade, foi diagnosticado, desd...
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, relativos a técnicas, intervenções e abordagens clínicas e a elaboração de documentos.
De acordo com a escola das relações objetais, a esquizofrenia de Tom estaria relacionada a certa dificuldade do sujeito em se separar da figura materna, mantendo com esta uma relação unívoca, que impede o paciente de desenvolver um ego distinto e saudável.
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Alternativa correta: C
A questão aborda a esquizofrenia a partir da perspectiva da escola das relações objetais. Para entender a alternativa correta, é essencial conhecer os conceitos dessa abordagem teórica, que se concentra nas relações interpessoais e na formação do ego em contextos de interações iniciais, sobretudo com figuras maternas.
Escola das relações objetais:
Segundo essa teoria, a esquizofrenia pode estar relacionada a uma dificuldade inicial de separação-individuação da figura materna. Isso significa que o indivíduo, no caso Tom, tem uma relação muito fusão com a mãe, o que impede a formação de um ego distinto e saudável. Essa relação unívoca e fusional interfere no desenvolvimento de uma identidade própria, levando a problemas como a esquizofrenia.
Justificativa para a alternativa correta (C):
A alternativa está correta porque, de acordo com a escola das relações objetais, a esquizofrenia de Tom pode ser compreendida como resultado de uma relação simbiótica e unívoca com a figura materna. Isso significa que ele não conseguiu se separar psicologicamente da mãe, o que é crucial para o desenvolvimento de um ego autônomo e saudável.
Análise das alternativas incorretas:
Como a questão apresenta apenas duas opções - certo ou errado -, a análise se concentra em entender porque a afirmação é ou não é válida segundo a psicologia das relações objetais. Neste caso, a alternativa "E - errado" seria incorreta porque não refletiria a teoria descrita.
A questão exige que o aluno conheça os conceitos da escola das relações objetais e entenda como essas teorias se aplicam a casos de transtornos mentais como a esquizofrenia. Além disso, é importante saber que essa teoria enfatiza a importância das primeiras relações interpessoais para o desenvolvimento do ego.
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No quadro de sua teoria do desenvolvimento emocional, Winnicott (1945/1978) enfatiza que no princípio o bebê não constitui uma unidade em si mesmo. A unidade corresponde a uma organização entre o indivíduo e o meio ambiente. A base da saúde mental é estabelecida nos primórdios da infância pelo provimento de cuidados dispensados à criança por uma mãe suficientemente boa. O bebê depende da disponibilidade de um adulto genuinamente preocupado com os seus cuidados, isto é, que possa contribuir para uma adaptação ativa e sensível às necessidades da criança, que a princípio são absolutas. Portanto, a psique só pode ter origem dentro de um determinado enquadre, dentro do qual a criança pode gradualmente vir a criar um meio ambiente pessoal, que a capacitará, mais tarde, a se desembaraçar do mesmo. Para superar esse estado inicial de dependência e atingir a independência, o meio ambiente criado e subjetivado pela criança transforma-se em algo suficientemente semelhante ao ambiente percebido. Essa é uma etapa especialmente delicada do desenvolvimento e de seu sucesso depende o estabelecimento da saúde ou da psicose.
Mahler (1975) entende que o fracasso do desenvolvimento do processo de individuação faz a criança regredir para a fase simbiótica com a mãe. De acordo com a autora, a regressão à fase simbiótica pode culminar numa desorganização psicótica (psicose simbiótica), caracterizada pela manutenção delirante da indiferenciação entre o eu e o objeto.
A teoria da relação de objetos é uma teoria psicodinâmica dentro da teoria psicanalítica. A teoria descreve a ideia de que o ego só existe em relação a outros objetos, que podem ser internos ou externos.
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