O Estado Novo (1937-1945), período da ditadura sem disfarces...

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Q28962 História
Nossa aventura histórica é singular. Por isso e por realizar-se
nos trópicos, ela é inteiramente nova. Se nossas classes dominantes se
revelam infecundas, o mesmo não se passa com o povo, no seu
processo de autocriação. E é com essa vantagem de sermos mestiços,
que vamos chegar ao futuro.
Foi, aliás, em busca do futuro que passamos todo um século a
indagar quem somos, e o que queremos ser, e a projetar imagens de
nós mesmos, espelho contra espelho. A cada sístole e a cada diástole
desses cem anos corresponderam visões otimistas e pessimistas,
barrocas e contidas, esperançosas e desalentadas. Pois cada momento
- o da Belle Époque, o da Revolução de 30, o do Estado Novo, o da
redemocratização, o do dia seguinte ao suicídio de Getúlio Vargas, o
do desenvolvimentismo dos anos 50, o do regime militar e o da
segunda redemocratização - refez o retrato do Brasil. Mudou, ao
longo do tempo, a linguagem com que nos descrevemos. E mudou
também o país acerca do qual se dissertava. Lidos um após outro, os
nossos evangelistas soam dissonantes, mas, juntos, se corrigem ou
polifonicamente se completam.

Alberto da Costa e Silva. Quem fomos nós no século XX: as grandes interpretações do
Brasil. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira
(1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 38, (com adaptações).

A partir da análise contida no texto apresentado e considerando
aspectos significativos da trajetória republicana brasileira, julgue os
itens que se seguem.
O Estado Novo (1937-1945), período da ditadura sem disfarces da Era Vargas, assinalou o ápice do processo de centralização estatal, em que até mesmo a federação deixou de existir. Monolítico e sem espaços para dissensos, o núcleo do poder não escondeu as afinidades do regime com o modelo fascista, algo que se materializa plenamente com a entrada do país na Segunda Guerra Mundial.
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O gabarito para a questão sobre o Estado Novo é marcado como Errado. A afirmação de que o Estado Novo representou o ápice do processo de centralização estatal é correta, dada a concentração de poder nas mãos do governo federal e a supressão de autonomias locais. Entretanto, a federação como entidade política não deixou de existir formalmente, embora sua autonomia tenha sido fortemente reduzida.

Além disso, é importante destacar que, apesar das claras manifestações de simpatia inicial de Getúlio Vargas pelas ideologias fascistas, o Brasil, sob sua liderança no Estado Novo, adotou uma postura pragmática e acabou por se aliar às forças Aliadas na Segunda Guerra Mundial, contra as potências do Eixo, que incluíam os regimes fascistas. Portanto, dizer que o regime tinha afinidades incontestáveis com o modelo fascista que se materializaram plenamente com a entrada do país na Guerra é uma simplificação que não leva em conta a complexidade dos eventos históricos e a mudança de postura do governo brasileiro durante o conflito.

Assim, é fundamental considerar as nuances e as transformações ocorridas no período do Estado Novo para uma compreensão mais precisa do contexto histórico brasileiro dessa era.

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Comentários

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O BRASIL NÃO APOIOU OS FASCISTAS NA GUERRA E SIM OS ESTADOS UNIDOS.

Questão errada

O Estado Novo ( 1937/1945 ). O Estado Novo – período da ditadura de Vargas – apresentou as seguintes características: intervencionismo do Estado na economia e na sociedade e um centralização política nas mãos do Executivo, anulando o federalismo republicano.

O Brasil entrou na 2ª GM em 1942, ao lado dos EUA, pressionado pela política norte americana.

Mesmo em um regime ditatorial, a "república federativa" não deixou de existir.  Questão Errada. 

afinidades do regime com o modelo fascista, algo que se materializa plenamente com a entrada do país na Segunda Guerra Mundial.

Não se materializa plenamente, mas se contradiz. Brasil lutou ao lado dos regimes democráticos contra um regime facista enquanto internamente estava sob um regime autoritário.

 

Da pra matar a questão quando fala que o federalismo deixou de existir

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