Como proposta de solução do problema manicomial e quanto à l...
Brasil.
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A alternativa correta para a questão apresentada é Errado (E).
Vamos entender por que a alternativa é incorreta e os conhecimentos necessários para resolvê-la.
A Reforma Psiquiátrica no Brasil tem como objetivo principal a humanização do tratamento de pessoas com transtornos mentais, promovendo a desinstitucionalização e a integração desses indivíduos na sociedade. Isso inclui a criação de serviços substitutivos aos antigos manicômios, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), entre outros.
As comunidades terapêuticas são instituições que oferecem tratamento para dependentes químicos, frequentemente adotando abordagens que envolvem residência e atividades ocupacionais. Embora possam oferecer algumas práticas terapêuticas, elas não têm sido um sucesso significativo no contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira, especialmente no que se refere ao impacto sobre o modelo asilar e manicômios privados.
A questão menciona que essas comunidades tiveram grande êxito e influenciaram a reforma psiquiátrica contemporânea no Brasil, o que não é correto. A Reforma Psiquiátrica no Brasil foi fortemente influenciada por políticas públicas e movimentos sociais que defendem a cidadania do doente mental, a desinstitucionalização e a criação de redes de atendimento psicossocial integradas na comunidade.
Portanto, a afirmação de que as comunidades terapêuticas tiveram grande êxito e influenciaram a reforma psiquiátrica brasileira é incorreta. Elas não desempenharam um papel central ou transformador nesse contexto.
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Comentários
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ERRADO - As Comunidades terapêuticas não surgiram como proposta de solução do problema manicomial. Historicamente tem sua atuação,no Brasil, ligado a tratativa da dependência química. No período da Luta Antimanicomial não tiveram grande participação, possivelmente por falta de articulação politica. As CT foram recentemente incorporado a RAPS.
Sobre a Reforma Psiquiátrica:
Somente no final do século XX que a militância por serviços humanizados consegue as primeiras implantações de Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS, fundamentais para o tratamento psiquiátrico e a reinserção social dos pacientes, tornando possível a diminuição gradativa dos casos de internação. Assim, historicamente, as condições da saúde mental no Brasil evoluíram, porém a Luta Antimanicomial não parou. Ainda acontecem manifestações em todo o país, no dia 18 de maio, para que se mantenha vivo o cuidado com os doentes e para que fique claro que eles não devem ser excluídos da sociedade e maltratados como eram antigamente, mas sim orientados e acompanhados para que possam encontrar seu lugar no mundo.
O reconhecimento por parte dos profissionais e das lideranças das Comunidades Terapêuticas alia-se a essa luta, que dá visibilidade à necessidade de se organizarem e solicitarem a inclusão desse modelo na Rede de Atenção Psicossocial. Dessa forma, nos últimos dez anos, as Comunidades Terapêuticas têm recebido regulamentações dos órgãos sanitários brasileiros. O atual marco regulatório com a publicação das normas mínimas de funcionamento para esse ambiente de acolhimento é a Resolução CONAD n.º 1 de 2015. Essa Resolução teve ampla participação das entidades das CTs, do governo e dos conselhos profissionais e movimentos da sociedade civil, ajudando na atualização, regulamentação e funcionamento das Comunidades Terapêuticas. Grande parte das Comunidades Terapêuticas, até agora, não está adequada às normas mínimas de funcionamento, nem tem acesso a recursos financeiros, capacitação e informações sobre o tratamento das dependências, comprometendo seus resultados possíveis e esperados.
Fonte:
Além disto, vale ressaltar que, contrariando o objetivo teórico inicial, alicerçado no paradigma instituído pela Reforma Psiquiátrica (RP), atualmente, a Comunidade Terapêutica é percebida como serviço da rede de atenção psicossocial que tem sido alvo de críticas devido às violências praticadas, não se consistindo como uma política potente na maximização dos resultados almejados pela RP.
A questão trocou.
Não é as comunidades terapêuticas (transtornos de ordem química).
É os RESIDENCIAS TERAPEUTICOS que a questão explica.
COMUNIDADES TERAPÊUTICAS NÃO FAZEM PARTE DA RAPS!
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