O trabalho de elaboração poética consiste em um emprego ...
Texto III
Presa do ódio
(Cruz e Souza)
Da tua alma na funda galeria
Descendo às vezes, eu às vezes sinto
Que como o mais feroz lobo faminto
Teu ódio baixa de alcateia espia.
Do desespero a noite cava e fria,
De boêmias vis o pérfido absinto
Pôs no teu ser um negro labirinto,
Desencadeou sinistra ventania.
Desencadeou a ventania rouca,
Surda, tremenda, desvairada, louca,
Que a tua alma abalou de lado a lado,
Que te inflamou de cóleras supremas
E deixou-te nas trágicas algemas
Do teu ódio sangrento acorrentado!
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Gabarito comentado
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A questão exigiu conhecimento em literatura em específico na estrutura poética.
A) Incorreta.
Os quartetos são marcados só por de rimas ricas.
Essa alternativa não é correta porque o poema apresentado não é composto por quartetos (estrofes de quatro versos). Além disso, não é mencionado no poema que as rimas são ricas (rimas ricas são aquelas que possuem mais de uma semelhança sonora, como rimas ricas e consoantes).
B) Incorreta.
Os versos são regulares e classificados como alexandrinos.
Essa alternativa não é correta porque os versos do poema não são alexandrinos. Alexandrinos são versos de doze sílabas métricas, e o poema apresenta versos de tamanhos variados, não seguindo um padrão métrico específico.
C) Incorreta.
Há ocorrência de polissíndeto em um dos versos do poema.
Essa alternativa não é mencionada no poema e, portanto, não podemos afirmar que há ocorrência de polissíndeto sem evidências claras disso no texto. O polissíndeto é uma figura de linguagem que envolve a repetição de conjunções em uma frase.
D) Incorreta.
Os quartetos são marcados por rimas emparelhadas.
Essa alternativa também não é correta porque o poema não é estruturado em quartetos. Quartetos são estrofes de quatro versos, e o poema não segue esse formato.
E) Correta.
Na primeira estrofe, há exemplo de cavalgamento.
Esta é a alternativa correta. O cavalgamento ocorre na primeira estrofe do poema, onde a ideia da primeira linha ("Da tua alma na funda galeria") continua para a segunda linha ("Descendo às vezes, eu às vezes sinto") sem uma pausa clara no final do primeiro verso. O sentido da frase é completado no segundo verso, demonstrando o uso do cavalgamento como um recurso poético para criar fluidez na leitura.
Gabarito: E
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Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
cadê o poema?
TA,MAS E O POEMA? KKKKK
E O TEXTO? NADA AINDA??
essa banca e a fgv é uma tristeza.
NADA E TAO RUIM QUE NAO PODE FICA PIOR
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