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Ano: 2010 Banca: IF-SE Órgão: IF-SE Prova: IF-SE - 2010 - IF-SE - Auxiliar de Biblioteca |
Q500268 Português
TEXTO:

                        MOMENTO NUM CAFÉ
                                                                              Manuel Bandeira

Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.

Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem
                                                                 [ finalidade

Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.


Marque a alternativa referente à crença do eu- lírico do texto:
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa Correta: A - Para ele, depois da morte não há mais nada.

Vamos explorar o tema central da questão que envolve a interpretação do poema "Momento num Café" de Manuel Bandeira. O eu-lírico reflete sobre a natureza da vida e da morte, destacando uma perspectiva que vê o fim da vida como o verdadeiro término de tudo, sem continuidade ou transcendência.

O poema descreve um momento em que homens distraidamente tiram seus chapéus ao passar de um cortejo fúnebre, imersos nas suas próprias vidas. Apenas um homem reflete profundamente sobre o significado da morte, reconhecendo-a como uma libertação da "alma extinta". Isso indica que, para ele, a morte representa o fim absoluto, sem qualquer continuidade além da matéria corporal.

Agora, vamos analisar as alternativas apresentadas:

A - Para ele, depois da morte não há mais nada.
Esta é a resposta correta. O poema sugere que o homem que observa o cortejo vê a morte como o término completo, uma libertação da "alma extinta", o que implica não haver mais nada após a morte.

B - A imortalidade da alma é discutível.
Embora haja uma reflexão sobre a transitoriedade da vida, o poema não discute a imortalidade da alma; ele simplesmente indica que, para o observador, a morte é o fim.

C - Religiosidade diante da grandeza infinita do universo.
O poema não aborda uma perspectiva religiosa ou de reverência perante o universo; ao contrário, foca na insignificância e no fim absoluto que a morte representa para o observador.

D - A vida tem de ser aproveitada, pois a morte é certa.
Apesar de haver uma menção à confiança na vida pelos homens do café, o poema se concentra mais na aceitação do término da vida, não em aproveitar o presente.

E - Devem-se respeitar cortejos fúnebres.
A ação dos homens tirando o chapéu é mais um ato automático do que de respeito consciente, e o foco do poema está na reflexão sobre o significado da morte, não no respeito ao cortejo.

Com essas explicações, podemos entender que a interpretação correta foca na percepção do eu-lírico sobre a morte como um fim absoluto. A leitura atenta do texto e a compreensão dos sentimentos expressos nele são fundamentais para chegar à resposta certa.

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