O homem ocidental civilizado vive em um mundo que gira de ac...

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Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: GDF
Q1211123 Sociologia
O homem ocidental civilizado vive em um mundo que gira de acordo com os símbolos mecânicos e matemáticos das horas marcadas pelo relógio. É ele que vai determinar seus movimentos e dificultar suas ações. O relógio modificou o tempo, transformando um processo natural em uma mercadoria que pode ser comprada, vendida e medida como um sabonete ou um punhado de uvas-passas. Se não houvesse um meio para marcar as horas com exatidão, o capitalismo industrial nunca poderia terse desenvolvido, nem teria continuado a explorar os trabalhadores. O relógio representa um elemento de ditadura mecânica na vida do homem moderno, mais poderoso que qualquer outro explorador isolado ou do que qualquer outra máquina. E o operário transforma-se num especialista em olhar o relógio, preocupado apenas em saber quando poderá escapar para gozar suas escassas e monótonas formas de lazer que a sociedade industrial lhe proporciona; onde ele, para matar o tempo, programará tantas atividades mecânicas com tempo marcado, ir ao cinema, ouvir rádio e ler jornais, quanto permitirem o seu salário e cansaço.
Acerca das contribuições de Karl Marx à Sociologia, julgue o item que se segue.
Marx critica o entendimento dos liberais de que as desigualdades sociais eram construídas pelas relações de produção, o que mantinha preservados os direitos de igualdade, liberdade e justiça naturais, que eram os pilares do liberalismo.
Alternativas

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A alternativa correta é E - errado.

A questão traz uma crítica ao papel dos relógios na vida do homem moderno, mostrando como o tempo foi transformado em uma mercadoria pelo capitalismo industrial. Para entender a resposta correta, é necessário compreender as contribuições de Karl Marx à Sociologia, principalmente no que diz respeito à crítica ao capitalismo e à exploração dos trabalhadores.

Justificativa da alternativa correta:

Marx não criticava a ideia de que as desigualdades sociais eram construídas pelas relações de produção. Pelo contrário, ele afirmava exatamente isso. Para Marx, a estrutura econômica de uma sociedade, ou seja, as relações de produção, é a base sobre a qual se erguem as superestruturas, como o direito, a política e a ideologia. Portanto, a afirmação de que Marx criticava os liberais por pensarem que as desigualdades eram construídas pelas relações de produção está incorreta. Na realidade, Marx criticava os liberais por não reconhecerem que essas relações de produção criavam e perpetuavam desigualdades sociais.

Análise do tema e dos conhecimentos necessários:

Para responder corretamente à questão, é essencial ter um bom entendimento das teorias de Karl Marx, especialmente sua análise da sociedade capitalista. Marx enfatizava que as relações de produção capitalistas criam uma divisão entre as classes sociais: a classe dos proprietários dos meios de produção (burguesia) e a classe dos trabalhadores (proletariado). Ele via o capitalismo como um sistema de exploração, onde os trabalhadores são alienados e explorados pelos capitalistas.

Além disso, é importante entender os princípios do liberalismo clássico, que defende a liberdade individual, a igualdade perante a lei e a justiça natural. Marx criticava esses princípios ao argumentar que, na prática, o liberalismo servia para mascarar as desigualdades estruturais e a exploração inerente ao capitalismo.

Conclusão:

A questão foi formulada para avaliar o conhecimento sobre a crítica de Karl Marx ao capitalismo e sua visão das relações de produção como fonte de desigualdades sociais. Ao afirmar que Marx criticava os liberais por acreditarem que as desigualdades sociais eram construídas pelas relações de produção, a questão erroneamente atribui a Marx uma posição oposta à que ele realmente sustentava. Portanto, a alternativa que indica "errado" está correta.

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Comentários

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Liberalismo não se importava com desigualdade sociais. Essa linha de pensamento prega muito a meritocracia, que todos são iguais perante a lei.

Gab. E

Liberalismo não se importava com desigualdade sociais. Essa linha de pensamento prega muito a meritocracia, que todos são iguais perante a lei.

Gab. E

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