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Q1395185 Português
Alguns itens gramaticais servem de guia para a compreensão das relações de sentido expressas entre as orações que compõem um texto. Logo, constituem importante recurso de coesão. Leia, com atenção, o trecho de entrevista abaixo exposto, em que os conectores estão ausentes, e empregue-os, de modo a dar-lhe sentido.
FILOSOFIA:O que dizer sobre o futuro próximo (e o não tão próximo) das profissões?

JOÃO TEIXEIRA: Não acredito que o trabalho vai acabar. ______ ele passará por uma reconfiguração social e tecnologia drástica nas próximas décadas. [...] O trabalho está cada vez mais precarizado ou “uberizado” [...] Tudo dependerá de um cálculo de custos e benefícios. ______ a automação ainda for mais cara do que a mão de obra, ela não será implementada. Um efeito interessante da automatização será uma modificação grande na nossa cultura do trabalho. [...] Com a precarização do trabalho e a dissolução da ideia de carreira as pessoas podem enfrentar, em um futuro próximo, uma espécie de crise de identidade. ______ sempre é possível nos definirmos pelo trabalho ou pelo emprego que temos. As pessoas dizem “sou professor” ou “sou jornalista”, ______, no futuro, elas não poderão mais fazer isso, pois mudarão de atividade várias vezes durante a vida [...]”.
(Filosofia – Ano III, no 150 – www.portalespaçodosaber.com.br)

Os elementos conjuntivos que preenchem adequadamente as lacunas são:
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é a A: Mas – Enquanto – Pois – mas.

Para entender melhor, vamos analisar cada trecho do texto e os conectores que o completam adequadamente.

JOÃO TEIXEIRA: Não acredito que o trabalho vai acabar. Mas ele passará por uma reconfiguração social e tecnológica drástica nas próximas décadas.

A palavra "Mas" é uma conjunção adversativa, usada para introduzir uma ideia contrária à anterior. Nesse caso, embora João Teixeira não acredite no fim do trabalho, ele prevê mudanças significativas.

O trabalho está cada vez mais precarizado ou “uberizado” [...] Tudo dependerá de um cálculo de custos e benefícios. Enquanto a automação ainda for mais cara do que a mão de obra, ela não será implementada.

A palavra "Enquanto" é uma conjunção subordinativa temporal, usada para indicar um período de tempo. Aqui, significa que a automação não será adotada enquanto for mais cara que a mão de obra.

Um efeito interessante da automatização será uma modificação grande na nossa cultura do trabalho. [...] Com a precarização do trabalho e a dissolução da ideia de carreira as pessoas podem enfrentar, em um futuro próximo, uma espécie de crise de identidade. Pois sempre é possível nos definirmos pelo trabalho ou pelo emprego que temos.

A palavra "Pois" é uma conjunção explicativa, usada para justificar a ideia anterior. As pessoas podem enfrentar uma crise de identidade porque atualmente se definem pelo trabalho que têm.

As pessoas dizem “sou professor” ou “sou jornalista”, mas, no futuro, elas não poderão mais fazer isso, pois mudarão de atividade várias vezes durante a vida [...].

Mais uma vez, a conjunção "mas" é usada para introduzir uma ideia contrastante. As pessoas não poderão mais se definir por uma única profissão, pois mudarão de atividade frequentemente.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

B - Porém – Se – Portanto – e

A combinação "Se" não é adequada para a segunda lacuna, que exige uma conjunção temporal como "enquanto". "Portanto" também não se encaixa bem na terceira lacuna, que requer uma explicação, como "pois".

C - Porque – Enquanto – Logo – porém

A conjunção "Porque" na primeira lacuna não é adequada para introduzir uma ideia contrária. Além disso, "Logo" na terceira lacuna não fornece a explicação necessária.

D - Portanto – Enquanto – Pois – logo

"Portanto" na primeira lacuna não é uma boa escolha, pois não introduz uma ideia contrária. "Logo" na quarta lacuna não faz o contraste necessário.

E - Entretanto – Enquanto – Porque – pois

"Entretanto" e "pois" não são adequados para a quarta lacuna, que precisa de um conector contrastante como "mas".

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Comentários

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A maioria das alternativas, no meu ponto de vista, estariam corretas...Não entendi a lógica!

1. Primeiro espaço vazio requer uma conjunção adversativa. Logo, excluem-se as letras C e D.

2. Segundo espaço requer uma conjunção temporal. Logo, exclui-se a letra B, pois o SE não de enquadra nessa classificação.

3. Terceiro espaço vazio requer uma conjunção explicativa, de modo que as letras A e E continuam em jogo.

4. O derradeiro espaço requer uma conjunção adversativa. Assim, chegamos ao gabarito LETRA A.

Abraço de um leigo da língua portuguesa.

Assertiva A

Mas – Enquanto – Pois – mas.

Não acredito que o trabalho vai acabar. __Mas____ ele passará por uma reconfiguração social e tecnologia drástica nas próximas décadas. [...] O trabalho está cada vez mais precarizado ou “uberizado” [...] Tudo dependerá de um cálculo de custos e benefícios. ___Enquanto ___ a automação ainda for mais cara do que a mão de obra, ela não será implementada. Um efeito interessante da automatização será uma modificação grande na nossa cultura do trabalho. [...] Com a precarização do trabalho e a dissolução da ideia de carreira as pessoas podem enfrentar, em um futuro próximo, uma espécie de crise de identidade. __Pois____ sempre é possível nos definirmos pelo trabalho ou pelo emprego que temos. As pessoas dizem “sou professor” ou “sou jornalista”, __mas.____, no futuro, elas não poderão mais fazer isso, pois mudarão de atividade várias vezes durante a vida [...]”.

Nossa, fiquei entre a A e a D.

Possibilidade de ser anulada.

A conjunção adversativa "MAS", não pode vir em dupla vírgula, haja vista seu valor adversativo, ser diferente das outras conjunções adversativas, por exemplo, no entanto, entretanto etc. A conjunção "MAS" tem uma particularidade diferente das demais, pois, exceto esta, as outras eram consideradas advébios e posteriormente, passaram a ser conectores adversativos. Logo, por serem antes considerados advérbios é plenamente possível, a dupla vírgula, dentro de uma oração, quando se trata dos conectivos entretanto, no entando, todavia etc. Já, no que diz respeito ao conectivo "MAS", adversativo, não podemos afirmar isso.

Além disso, a conjunção Mas pode ter valor aditivo, por exemplo, quando seguir a sequência: "Não só... Mas também".

Dúvidas, pesquisem sobre o valor do conectivo "MAS", adversativo. Abraço!!

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