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Q518852 Português
    Como qualquer obra de ficção científica, o filme “Interestelar" pode despertar três tipos de sentimento, todos eles embalados pelos estonteantes efeitos visuais que lhe renderam o Oscar do ano nessa categoria. Os aficionados do gênero provavelmente ficarão encantados com as extrapolações de nossa realidade, representadas pela viagem intergaláctica, travessia de um buraco de minhoca para outra dimensão e navegação na borda de um buraco negro. Os não aficionados que desconhecem a ciência que está por trás do filme poderão considerá-lo um “filme muito mentiroso".

    O terceiro sentimento, geralmente de quem conhece a ciência que motivou o filme, é o de tentar analisar a correspondência entre a ficção roteirizada no filme e os conceitos científicos que a norteiam. E, nesse sentido, “Interestelar" é um exemplo notável. Nem poderia ser diferente. O filme teve a consultoria científica do renomado físico-teórico Kip Thorne, o que faz da obra de Christopher Nolan uma bela oportunidade para discutir diversos aspectos das teorias da relatividade, restrita e geral. Existem exageros no roteiro que alguns poderão classificar como erros científicos, mas são necessários para dar ritmo e graça à narrativa.

      É bom lembrar, por exemplo, que o efeito estilingue na ergosfera (região mais exterior) do buraco negro mostrado no filme, e que alguns podem considerar um exagero, foi sugerido por Roger Penrose, renomado físico-matemático britânico e colaborador do também físico britânico Stephen Hawking, um dos mais famosos cientistas da atualidade.

      Se, ao entrar na ergosfera de um buraco negro em rotação (caso do Gargantua, de “Interestelar"), um objeto for dividido em dois, uma parte poderá ser sugada pelo buraco negro e a outra será ejetada para fora com energia maior do que a que entrou.


                                                                                     http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/... - adaptado.

Em relação aos vícios de linguagem e seus respectivos exemplos, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


(1) Barbarismo.

(2) Solecismo.

(3) Cacofonia.


( ) Eu assisti o filme em casa.

( ) Solicitei à cliente sua rúbrica.

( ) Uma mão lava a outra.

Alternativas

Comentários

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Barbarismo - na minha concepção -, são erros mais graves, como erro de acento tônico (rúbrica), na pronúncia de fonemas (poblema) ou de grafia (eu adivinhei); já o solecismo são erros mais comuns, como erro de colocação pronominal (não entreguei-o), regência (assisti o filme) e de concordância (haviam muitos gatos).
Já a cacofonia é o som desagradável da frase, que ao pronunciado pode dar um som ridículo. Exemplo da questão parece que é "um mamão lava a outra". 

Eu assisti AO filme em casa. (erro de regência)

Solicitei à cliente sua rUbrica. (erro de acento)

Um MAMÃO lava a outra. (som desagradável)

(2) Eu assisti ao filme em casa.

==> é SOLECISMO REFERENTE À REGENCIA (o verbo "assistir", no sentido de ver, presenciar, é VTI)

(1) Solicitei à cliente sua rUbrica.

==> é BARBARISMO POR PRONÚNCIA (SILABADA: troca da sílaba tônica)

(3) Uma mão lava a outra.

==> é CACOFONIA

O termo barbarismo é derivado da palavra bárbaro, ou seja, aquele que é contrário às regras ou ao seu uso, que age de maneira incorreta. De acordo com o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, uma das significações de barbarismo “é o uso de formas vocabulares contrárias à norma culta da língua”. Os barbarismos ocorrem sem que sejam percebidos, pois acontecem por ignorarmos a norma padrão que rege o uso de algumas palavras ou expressões.

Veja abaixo alguns exemplos em que o barbarismo ocorre:

Barbarismo ortoépico:

Pneu por peneu.

Rubrica por rúbrica.

Gratuito por gratuíto.

Enquanto o Solecismo é um desvio sintático, errando a concordância, ou a regência, ou a colocação pronominal, o Barbarismo é somente um erro decorrente do uso inadequado de uma palavra, seja na escrita (cacografia), seja na pronúncia, da própria palavra (cacoépia, pronunciar erradamente uma palavra; um clássico do povão: estrupo), ou da sílaba tônica (silabada; a mais clássica, cometida até por pessoas de bom grau cultural, gratuíta, pondo a tonicidade no I).

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