Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as fa...
Texto 1
Edificação da integridade coletiva
Somos um animal que não nasce pronto; temos de ser formados. Essa formação pode nos levar [..... ] vida como benefício ou [..... ] vida como malefício, da pessoa que é capaz de produzir benefício ou da que é capaz de produzir malefício. Todos e todas somos capazes de ambas as coisas. Afinal de contas, ética está ligada [...... ] ideia de liberdade. Ética é como eu decido a minha conduta. E a palavra “decido” é marcante porque sinaliza quais são os critérios e valores que eu uso para me conduzir na vida coletiva.
Não existe ética individual. Os séculos XVIII e XIX, com a industrialização e depois com a mecanização, são calcados na anulação da natureza como o outro. A percepção da natureza como o outro começa a ganhar forma [....... ] partir do século XX. Ela era tida como objeto e, portanto, passível de posse. A ideia da ecologia é uma questão ética porque passamos [ ] tomar a natureza como o outro, não como objeto, ideia que vai introduzir uma referência: ética é convivência. A vida, acima de tudo, é condominial.
CORTELLA, S. Educação, convivência e ética - audácia e esperança! São Paulo: Cortez, 2018, p. 15-16. [Adaptado]
Texto 2
Trecho de entrevista da revista ISTOÉ com o filósofo Mario Sergio Cortella
É possível falar em ética hoje no Brasil?
Falar sobre ética não é falar sobre alguém. É falar sobre nós. Ética são princípios e valores que usamos em nossa conduta. No Brasil, nós não temos a falta de ética, temos a falta de uma determinada ética. Há uma conduta hoje que está faltando.
As pessoas também estão mais ansiosas para ler sobre a felicidade?
As pessoas dizem “eu queria muito ser feliz”, “um dia eu vou ser feliz” como uma lamentação e não como um projeto de vida. Felicidade não é um estado contínuo, é um estado eventual. Só se percebe a importância da felicidade porque ela se ausenta. A real felicidade está na partilha. É por isso que hoje há uma obsessão com as redes sociais.
As redes sociais e o mundo virtual colaboram para isso em que medida?
O mundo digital é uma ocasião inestimável. Todo
mundo junto e ninguém perto. A sucessão de imagem,
o contato o tempo todo leva ao esgotamento. O prazer da água está em ter sede. As redes sociais saturam.
Não gosto da palavra seguidor, por exemplo. Refere
aos profetas, algo dogmático.
Disponível em: https://istoe.com.br/mario-sergio-cortella-vivemosnum-momento-incomodo-que-pode-levar-reinvencao/. Acesso em 14/ago/2019. [Adaptado]
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), com base nos textos 1 e 2.
( ) Ambos os textos abordam a questão da ética vista como um valor coletivo, associado ao comportamento em sociedade.
( ) Em “Ela era tida como objeto e, portanto, passível de posse” (texto 1, 2º parágrafo), a conjunção sublinhada introduz uma ideia de conclusão.
( ) Em “Mas há muita coisa que é antiga e que deve ser levada adiante” (texto 2, 1ª resposta), a conjunção sublinhada introduz um argumento que contrasta com a informação da frase precedente no texto.
( ) Em “Felicidade não é um estado contínuo, é um estado eventual” (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração é coordenada sindética aditiva.
( ) ”Em Só se percebe a importância da felicidade porque ela se ausenta” (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração indica uma ressalva em relação à oração precedente.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
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Olá, aluno(a)! Vamos analisar a questão e entender por que a alternativa correta é a A.
Primeiramente, a questão testa sua compreensão sobre conjunções e orações coordenadas, além de verificar a capacidade de identificar ideias principais nos textos. Vamos discutir cada afirmativa para entender melhor.
( ) Ambos os textos abordam a questão da ética vista como um valor coletivo, associado ao comportamento em sociedade.
Essa afirmativa é verdadeira. Ambos os textos de Mario Sergio Cortella discutem a ética como um valor coletivo, essencial para a convivência em sociedade. No Texto 1, ele fala sobre a formação ética e a liberdade, enquanto no Texto 2 ele menciona a ética tanto na política pública quanto no campo privado, reforçando a ideia de comportamento em sociedade.
( ) Em “Ela era tida como objeto e, portanto, passível de posse” (texto 1, 2º parágrafo), a conjunção sublinhada introduz uma ideia de conclusão.
Novamente, esta afirmativa é verdadeira. A conjunção “portanto” é uma conjunção coordenativa conclusiva e, neste contexto, está introduzindo uma conclusão lógica: se a natureza é tida como objeto, então ela é passível de posse.
( ) Em “Mas há muita coisa que é antiga e que deve ser levada adiante” (texto 2, 1ª resposta), a conjunção sublinhada introduz um argumento que contrasta com a informação da frase precedente no texto.
Essa afirmativa também é verdadeira. A conjunção “mas” é uma conjunção coordenativa adversativa, e seu papel é justamente introduzir uma ideia que contrasta com a anterior. Cortella está contrastando a valorização de coisas antigas com a tendência de buscar sempre novidades.
( ) Em “Felicidade não é um estado contínuo, é um estado eventual” (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração é coordenada sindética aditiva.
Esta afirmativa é falsa. A segunda oração é coordenada sindética explicativa, e não aditiva. A frase está explicando o porquê de a felicidade não ser contínua, e sim eventual.
( ) Em “Só se percebe a importância da felicidade porque ela se ausenta” (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração indica uma ressalva em relação à oração precedente.
Essa afirmativa também é falsa. A conjunção “porque” é uma conjunção subordinativa causal, e não de ressalva. Ela está indicando a causa da percepção da importância da felicidade, e não uma ressalva.
Portanto, a sequência correta é A - V • V • V • F • F.
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Comentários
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GABARITO: LETRA A
(V) Ambos os textos abordam a questão da ética vista como um valor coletivo, associado ao comportamento em sociedade. ? correto, trazendo uma criticidade.
(V) Em ?Ela era tida como objeto e, portanto, passível de posse? (texto 1, 2° parágrafo), a conjunção sublinhada introduz uma ideia de conclusão. ? correto, conjunção coordenativa conclusiva (está entre vírgulas, isso condena).
(V) Em ?Mas há muita coisa que é antiga e que deve ser levada adiante? (texto 2, 1ª resposta), a conjunção sublinhada introduz um argumento que contrasta com a informação da frase precedente no texto. ? correto, temos uma conjunção coordenativa adversativa, ela possui teor semântico de ressalva em relação à frase precedente.
(F) Em ?Felicidade não é um estado contínuo, é um estado eventual? (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração é coordenada sindética aditiva. ? incorreto, não temos conjunção, logo é uma oração ASSINDÉTICA (sem síndeto, conectivo).
(F) ?Em Só se percebe a importância da felicidade porque ela se ausenta? (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração indica uma ressalva em relação à oração precedente. ? temos uma conjunção coordenativa explicativa que inicia uma oração coordenada explicativa; traz uma explicação e não uma ressalva.
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FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
( ) Ambos os textos abordam a questão da ética vista como um valor coletivo, associado ao comportamento em sociedade.
VERDADEIRO
( ) Em “Ela era tida como objeto e, portanto, passível de posse” (texto 1, 2º parágrafo), a conjunção sublinhada introduz uma ideia de conclusão.
VERDADEIRO
Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização ...
São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), então, destarte, dessarte...
Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.
( ) Em “Mas há muita coisa que é antiga e que deve ser levada adiante” (texto 2, 1ª resposta), a conjunção sublinhada introduz um argumento que contrasta com a informação da frase precedente no texto.
VERDADEIRO
Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva ...
São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...
Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.
( ) Em “Felicidade não é um estado contínuo, é um estado eventual” (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração é coordenada sindética aditiva.
FALSO, é coordenada assindética.
Oração coordenada assindética: ligada às outras orações sem conjunção. No lugar da conjunção aparece vírgula, ponto e vírgula ou dois pontos.
Ex.: Ela almoçou tranquila, pegou o carro, foi fazer a prova.
( ) ”Em Só se percebe a importância da felicidade porque ela se ausenta” (texto 2, 3ª resposta), a segunda oração indica uma ressalva em relação à oração precedente.
FALSO, pois indica uma explicação e relação à oração precedente.
Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão ...
São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...
Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.
Gabarito: Letra A
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