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Críticas de Travaglia (2003)                                    

“Os aspectos sintáticos ficam restritos às recomendações da Gramática Normativa sobre regência e concordância (esta apenas do verbo com o sujeito, como se não houvesse outras formas de concordância)”.

Comentário e exemplificação

Construções como “As alegrias da família sempre foi Mariana” e “Que rei sou eu?” constituem contraexemplos a esse olhar restritivo sobre o ensino dos verbos.

Críticas de Travaglia (2003)             

“Algumas categorias do verbo (como o aspecto e a modalidade, esta confundida com o modo), são ignoradas”.                                                                                                     

Comentário e exemplificação           

No enunciado “Está chovendo muito e goteja insistentemente na entrada da sala”, os aspectos iterativo (repetição) e durativo (continuidade) não se prendem exclusivamente ao tempo ou modo verbal (presente do indicativo), mas a todo um conjunto de elementos morfológicos, como os sufixos dos verbos (-ndo, -ejar), e sintáticos, como os adjuntos adverbiais presentes.

Críticas de Travaglia (2003)                              

“[...] não se dá atenção ao uso do verbo, suas possibilidades significativas e sua adequação à produção de efeitos de sentido e às situações de uso.”.

Comentário e exemplificação

Para o autor, as diferenças semânticas devidas a distinções de regência precisam ser trabalhadas, como as ocorrências do verbo “causar” em enunciados como: “Ela causou forte decepção aos pais com seu comportamento. Tudo isso porque, com o vestido transparente, causou na festa de formatura da irmã”.

Críticas de Travaglia (2003)                                   

“Dá-se muita atenção à metalinguagem voltada quase exclusivamente para a morfologia do verbo”.

Comentário e exemplificação

Ao explicar e evidenciar a diferença entre o uso das formas “vim” (eu vim: 1ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo: “Ontem só eu vim à aula, os demais faltaram”.) em oposição à forma “vir” (infinitivo, que integra locuções verbais: Você pode vir à minha festa, e ela, se quiser, pode vir também.”), recorrendo a exercícios variados, o professor demonstra priorizar a metalinguagem sobre os verbos.