Na primeira estrofe do poema, o eu- lírico:

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Ano: 2010 Banca: IF-SE Órgão: IF-SE Prova: IF-SE - 2010 - IF-SE - Auxiliar de Biblioteca |
Q500269 Português
TEXTO:

                        MOMENTO NUM CAFÉ
                                                                              Manuel Bandeira

Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.

Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem
                                                                 [ finalidade

Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.


Na primeira estrofe do poema, o eu- lírico:
Alternativas

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Vamos analisar a questão que envolve a interpretação do poema de Manuel Bandeira. O tema central aqui é a interpretação de texto, mais especificamente a compreensão do papel do eu-lírico na primeira estrofe do poema.

Na primeira estrofe, o poema descreve uma cena onde homens em um café retiram o chapéu ao passar de um enterro. Aqui, o eu-lírico não se coloca como participante direto da cena, mas sim como um observador. Ele está descrevendo o comportamento dos homens que, mesmo distraídos, realizam um gesto de respeito. Portanto, a alternativa correta é:

B - Descreve comportamentos.

Vamos agora justificar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Participa da cena como protagonista.

A alternativa A está incorreta porque o eu-lírico não se apresenta como parte ativa da cena, mas sim como alguém que observa e relata o comportamento dos outros.

C - Disserta sobre a vida.

A dissertação sobre a vida aparece na segunda parte do poema, quando um dos homens reflete sobre a vida e a morte. Na primeira estrofe, não há essa reflexão, apenas a descrição do gesto automático dos homens.

D - É indiferente ao que se passa diante dele.

O eu-lírico não é indiferente, pois ele está atento ao comportamento dos homens, descrevendo o ato de tirarem o chapéu. A indiferença não se aplica, já que há uma observação cuidadosa.

E - Disserta sobre a morte.

A dissertação sobre a morte ocorre na segunda parte do poema, quando um dos homens faz uma reflexão mais profunda. Na primeira estrofe, não há essa discussão, apenas a descrição de comportamentos.

Para interpretar bem um texto poético como este, é importante identificar quem está falando e qual é o foco do discurso, observando palavras-chave e ações descritas. Essa técnica ajuda a distinguir entre descrição, dissertação e participação.

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