A puericultura, prática da Pediatria que acompanha
preventivamente o desenvolvimento da criança como um todo,
também se responsabiliza pelo cuidado da Saúde mental. O
pediatra é o primeiro a ter a possibilidade de reconhecer e
orientar os pais sobre os desvios da normalidade no
desenvolvimento da criança. O pediatra deve estar treinado a
identificar doenças infecciosas, emergências cirúrgicas, bem
como transtornos do desenvolvimento psicomotor.
Menino de 2 anos e 4 meses vem ao consultório do Pediatra
acompanhado de seus pais e sua irmã de seis anos de idade.
A mãe apresenta preocupação quanto à fala da criança, pois
nesta idade, apenas vocaliza consoantes. Sua irmã, na sua
idade, já falava e se comunicava normalmente. Os pais acham
que ele está regredindo quanto suas habilidades
comunicativas, pois há pouco tempo, esboçava duas a três
palavras, mas agora só se comunica quando quer.
Sobre a história pregressa do menino, nasceu de parto normal,
a termo, APGAR 9/10, sugou ao seio materno sem
dificuldades. A mãe realizou o pré-natal sem intercorrências,
negando ter apresentado qualquer alteração quanto às
sorologias. Nega ainda tabagismo, etilismo e uso de drogas
ilícitas. Realizou todos os testes de triagem neonatal sem
qualquer alteração.
Até os 12 meses de idade, apresentou neurodesenvolvimento
psíquico e motor dentro da normalidade. Após essa idade,
emitia sons de consoantes e vogais, mas suas palavras não
faziam sentido como um todo, não apresentava interação social
como mímicas, imitações, brincar de faz de conta.
Neste momento, o Pediatra explica aos pais que:

Question

A puericultura, prática da Pediatria que acompanha
preventivamente o desenvolvimento da criança como um todo,
também se responsabiliza pelo cuidado da Saúde mental. O
pediatra é o primeiro a ter a possibilidade de reconhecer e
orientar os pais sobre os desvios da normalidade no
desenvolvimento da criança. O pediatra deve estar treinado a
identificar doenças infecciosas, emergências cirúrgicas, bem
como transtornos do desenvolvimento psicomotor.
Menino de 2 anos e 4 meses vem ao consultório do Pediatra
acompanhado de seus pais e sua irmã de seis anos de idade.
A mãe apresenta preocupação quanto à fala da criança, pois
nesta idade, apenas vocaliza consoantes. Sua irmã, na sua
idade, já falava e se comunicava normalmente. Os pais acham
que ele está regredindo quanto suas habilidades
comunicativas, pois há pouco tempo, esboçava duas a três
palavras, mas agora só se comunica quando quer.
Sobre a história pregressa do menino, nasceu de parto normal,
a termo, APGAR 9/10, sugou ao seio materno sem
dificuldades. A mãe realizou o pré-natal sem intercorrências,
negando ter apresentado qualquer alteração quanto às
sorologias. Nega ainda tabagismo, etilismo e uso de drogas
ilícitas. Realizou todos os testes de triagem neonatal sem
qualquer alteração.
Até os 12 meses de idade, apresentou neurodesenvolvimento
psíquico e motor dentro da normalidade. Após essa idade,
emitia sons de consoantes e vogais, mas suas palavras não
faziam sentido como um todo, não apresentava interação social
como mímicas, imitações, brincar de faz de conta.
Neste momento, o Pediatra explica aos pais que: Alternativa A: É necessário aguardar até que o menino complete três
anos de idade, visto que cada criança se desenvolve de
uma forma e que é a data limite para a investigação.
Solicita retorno da consulta nesta idade para reavaliação. Ou Alternativa B: Orienta que a criança precisa de uma avaliação
multidisciplinar completa, onde a fonoaudióloga, treinada
para este tipo de avaliação, faça o diagnóstico diferencial
entre transtornos de linguagem e transtorno de
comunicação social. Ou Alternativa C: Faz-se necessário colocá-lo na escola, já que por si só a
interação com as outras crianças fará com que desenvolva a fala, sem necessidade de investigação
neste momento. Ou Alternativa D: Pelo fato de que nem sempre seria fácil encontrar uma
equipe multidisciplinar capacitada nestes diagnósticos,
seria interessante que consultasse com a fonoaudióloga,
mesmo que ela não tenha experiência com transtornos
sociais. Ou Alternativa E: Necessita de exames de imagem como uma Ressonância
Nuclear magnética de Crânio, bem como um exame
otoneurológico, para que possa descartar os transtornos
da fala e interação social.

Qconcursos · Accepted Answer

Alternativa [B] Orienta que a criança precisa de uma avaliação
multidisciplinar completa, onde a fonoaudióloga, treinada
para este tipo de avaliação, faça o diagnóstico diferencial
entre transtornos de linguagem e transtorno de
comunicação social. Tema Central da Questão:

A questão aborda a identificação e o manejo adequado de possíveis atrasos e transtornos no desenvolvimento da fala e comunicação em crianças pequenas, um tema importante na Puericultura. O pediatra atua como o primeiro profissional a identificar sinais de possíveis desvios da normalidade no desenvolvimento infantil. O conhecimento necessário envolve compreender o papel de uma avaliação multidisciplinar precoce, especialmente envolvendo fonoaudiologia, para diferenciar entre transtornos de linguagem e outros problemas de comunicação social.

Alternativa Correta: B

A alternativa B é a correta porque destaca a importância de uma avaliação multidisciplinar, enfatizando o papel da fonoaudióloga em realizar um diagnóstico diferencial entre diferentes tipos de transtornos comunicativos. Esta abordagem é fundamental para garantir que a criança receba o tratamento e o suporte adequados desde cedo, minimizando o impacto de qualquer transtorno identificado.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Aguardar até que a criança complete três anos para iniciar uma investigação é inadequado. A intervenção precoce é crucial para o sucesso no tratamento de transtornos de desenvolvimento, portanto, não é recomendado esperar tanto tempo.

C - Sugere que colocar a criança na escola resolverá o problema de forma espontânea, o que subestima a necessidade de uma avaliação e intervenção profissionais. Interação social é importante, mas não substitui a avaliação especializada.

D - Embora consultar uma fonoaudióloga seja mencionado, a sugestão de que não é necessário que ela tenha experiência com transtornos sociais diminui a complexidade do problema. A experiência profissional é importante para um diagnóstico preciso.

E - A realização de exames de imagem e otoneurológicos para descartar transtornos da fala e interação social é uma abordagem excessivamente invasiva e não é a primeira linha de investigação para a situação descrita. Avaliação clínica e multidisciplinar é prioritária.

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