No que diz respeito à pontuação, observa-se o cumprimento d...

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Q1731247 Português
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Até quando o Brasil vai se arrastar e se humilhar pelas escadas da exclusão da pessoa com deficiência?

    Um professor de 62 anos, do Rio, é o novo expoente da tragédia brasileira do descuidado com a pessoa com deficiência. Na semana passada, ele se arrastou por dois lances de escadas em uma agência do INSS onde ia requerer sua aposentadoria. O caso foi exposto pela TV Globo.
    Embora a parte que provoque mais desgosto nesta história seja a crueza do ato do professor Jorge Crim, o contexto mostra uma sequência de ilegalidades, de falta de consciência social e de pouco avanço em cidadania.     As leis que obrigam prédios públicos a fornecerem ampla acessibilidade remontam à década de 1990 e foram sendo reafirmadas com outras medidas legais ao longo dos anos 2000, ou seja, é um descuidado, um desleixo, que dura mais de uma década.     “O elevador estava quebrado. É do jogo haver problemas pontuais, deixem de mimimi!” A realidade conhecida é que elevadores em prédios públicos estarem em perfeito estado de conservação e funcionando é a exceção. A regra é estarem imundos e com defeitos.
     Sendo assim, por que raios uma agência do INSS, onde centenas de pessoas com problemas de mobilidade os mais diversos passam todos os dias, não tem um plano de contingência para esses casos?         A perícia é no segundo andar? Desce o perito. O gabinete do gerente é no piso superior? Que ele trabalhe na portaria, mas que dê condições de acesso dignas às pessoas, não as exponha, as acolha!         Há alguns anos, relatei na Folha quando uma executiva com deficiência se arrastou pelas escadas de um avião porque não havia condições de embarque ideal para ela naquele momento. Foi um escândalo nacional, o caso se tornou emblemático, algumas mudanças ocorreram.     O que não muda é a exposição perigosa das pessoas com deficiência à inabilidade do país em promover condições de ir e vir razoáveis para todos.     O Rio de Janeiro, em especial, por ter prédios públicos que remontam à própria história do país, enfrenta questões de acessibilidade ardidas e dispendiosas. Mas em nenhum ponto histórico de relevância no mundo se desrespeita tanto a diversidade de ser com lá.
    O governo Bolsonaro fez diversos compromissos informais com a inclusão, o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, se indignou com o escárnio vivido pelo professor Jorge, mas nada indica que o episódio tenha despertado as autoridades da gravidade do problema.     Talvez se todos os que se deparassem com escadas e obstáculos arquitetônicos, atitudinais e sensoriais em seu dia a dia se arrastassem e povoassem as redes sociais com seus sacrifícios pessoais face à inoperância do poder público fosse possível conseguir um despertar para esse descaso que persiste, humilha e envergonha.

(https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2019/07/17/ate-quando-o-brasil-vai-se-arrastar-e-se-humilhar-pelas-escadas-da-exclusao-da-pessoa-com-deficiencia/ Acesso em 21/09/2019)
No que diz respeito à pontuação, observa-se o cumprimento da regra no trecho: “Na semana passada, ele se arrastou por dois lances de escadas em uma agência do INSS onde ia requerer sua aposentadoria.” Assinale a alternativa em que a pontuação se dá pela mesma norma.
Alternativas

Gabarito comentado

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Para resolver a questão proposta, é necessário compreender como a pontuação funciona na formação de orações e a função dos elementos que compõem uma frase. A questão está focada em identificar a regra de pontuação aplicada corretamente no trecho específico do texto fornecido.

A alternativa A é a correta: “O Rio de Janeiro, em especial, por ter prédios públicos que remontam à própria história...”

Justificativa da Alternativa Correta:

Na frase correta do texto e na alternativa A, o uso das vírgulas é empregado para isolar uma expressão explicativa ou intercalada. A expressão "em especial" explica ou destaca uma característica do sujeito (Rio de Janeiro) e é isolada por vírgulas, assim como no trecho original onde a expressão "do Rio" é uma informação adicional sobre o sujeito "um professor de 62 anos".

Análise das Alternativas Incorretas:

B: “... o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, se indignou com o escárnio vivido pelo professor...”

Nessa alternativa, as vírgulas são usadas para isolar o nome "Renato Rodrigues Vieira", que funciona como um aposto explicativo. Embora esteja correto, não é o mesmo caso do trecho original, que usa a vírgula para isolar expressões intercaladas.

C: “... o contexto mostra uma sequência de ilegalidades, de falta de consciência social e de pouco avanço em cidadania.”

Aqui, as vírgulas são utilizadas para listar elementos em enumeração, o que é diferente do uso de vírgulas para isolar expressões intercaladas ou explicativas.

D: “Foi um escândalo nacional, o caso se tornou emblemático, algumas mudanças ocorreram.”

Este exemplo contém vírgulas para separar orações coordenadas, causando uma certa confusão, pois poderia ser melhor organizado com ponto e vírgula ou pontos finais para maior clareza.

E: “...foram sendo reafirmadas com outras medidas legais ao longo dos anos 2000, ou seja, é um descuidado...”

A vírgula aqui é usada para separar a expressão "ou seja", que é uma locução conjuntiva explicativa. Embora correto, é uma situação diferente da expressão intercalada ou explicativa isolada por vírgulas, como no trecho correto.

Para interpretar este tipo de questão, é importante identificar o papel das vírgulas na oração, seja para isolar informações adicionais, listar itens ou separar orações. Compreender as funções específicas das pontuações é essencial para garantir clareza e precisão na escrita.

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Comentários

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Questão confusa

No exemplo da questão, entendi que o "na semana passada" é um adjunto adverbial, e a questão pede para que assinale a alternativa que também tenha adjunto adverbial deslocado.

Mas colocar a alternativa A como correta é estranho, pois entendi que "O Rio de Janeiro" é sujeito, não adjunto adverbial.

Me corrijam se eu estiver errada, por favor.

Essa eu realmente não entendi.

Neste caso , " em especial" é adjunto adverbial de modo deslocado, por isso o uso das vírgulas.

Após analise compreendi!

A frase é: ''O Rio de Janeiro, em especial, por ter prédios públicos que remontam à própria história...”.

Vamos lá!

A) Na frase temos uma locução adverbial ''Por ter'' e um verbo transitivo direto e indireto (Verbo bitransitivo) ''Remontam''

OD - O que remonta? ''A própria historia'' (Objeto direto do verbo remontam)

OI - Quem remonta? ''O rio de janeiro'' ( Adjunto adverbial do verbo remontam)

Na frase anunciada a frase é: “Na semana passada, ele se arrastou por dois lances de escadas em uma agência do INSS onde ia requerer sua aposentadoria.” - Na frase temos um adjunto adverbial deslocado ''Na semana passada'' e de acordo com a norma culta: ''É obrigatório o uso de virgulas após adjuntos adverbial descolados.

Justamente por isso o gabarito é letra ''A''

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