A Região Nordeste, em outubro de 2015, registrou um aumento ...
No Estado de Pernambuco, em outubro de 2015, foram notificados 58 casos de recém-nascidos com microcefalia congênita. Esse número foi muito superior ao registrado em 2014 e 2013, 12 e 10 casos, respectivamente. Esses casos foram notificados no SISNAC (Sistema Nacional de Nascidos Vivos). Diante desses dados notificados no SISNAC, o Ministério da Saúde (MS) publicou o primeiro boletim Epidemiológico, o qual registrava 399 casos de Microcefalia, em sete Estados da Região Nordeste, sendo a maioria no Estado de Pernambuco. Em novembro de 2015, o MS declarou Emergência em Saúde Pública de importância Nacional e enviou a todas as Secretarias de Estado orientações sobre notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos Recém-nascidos, acometidos pela microcefalia. Ao considerar a possibilidade da associação de infecção congênita por ZIKA VÍRUS e microcefalia, podemos afirmar que:
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Alternativa Correta: A
A questão trata de um contexto epidemiológico em que houve um aumento alarmante de casos de microcefalia no Nordeste do Brasil em 2015, correlacionado ao surto de Zika Vírus. A compreensão do impacto da infecção congênita por Zika é crucial para profissionais de saúde, especialmente no que diz respeito à microcefalia nos recém-nascidos.
Alternativa A: A microcefalia é definida por perímetro cefálico inferior a dois desvios-padrão (DP), abaixo da média para o sexo e idade gestacional. É considerada severa quando o PC for inferior a três DP.
Essa é a alternativa correta, pois descreve corretamente os critérios usados para definir microcefalia. A medição do perímetro cefálico (PC) é uma prática padrão para identificar anormalidades no desenvolvimento cerebral, com a severidade indicada por quantos desvios-padrão a medida está abaixo da média esperada.
Análise das Alternativas Incorretas:
Alternativa B: Exames de neuroimagem, como Ultrassonografia Fetal e Tomografia Computadorizada do crânio, foram muito inespecíficas para afirmar essa comparação.
Esta alternativa é incorreta porque, embora exames de imagem possam não ser suficientes para diagnosticar a causa da microcefalia, eles são úteis para identificar a condição. A alternativa sugere uma falta de especificidade que não reflete o uso real desses exames no contexto clínico.
Alternativa C: Pesquisadores obtiveram resultados insatisfatórios ao comparar a existência de Zika Vírus em líquido amniótico de gestantes com microcefalia.
Esta opção está errada. Estudos já demonstraram a presença do Zika Vírus no líquido amniótico de gestantes cujos bebês nasceram com microcefalia, o que foi um passo significativo para estabelecer a conexão entre o vírus e a condição.
Alternativa D: Microcefalia pode estar associada ao Zika Vírus apenas quando o vírus acometer a gestante em seu primeiro trimestre de gestação.
Embora a infecção no primeiro trimestre seja particularmente preocupante, a microcefalia pode ser resultado de uma infecção em qualquer momento da gravidez. A alternativa é limitativa e, portanto, incorreta.
Alternativa E: O Ministério da Saúde ainda não conseguiu estudos suficientes para comprovar cientificamente a relação entre Zika Vírus e microcefalia, aguardando ainda estudos mais específicos.
Esta alternativa está desatualizada e incorreta. Já foram realizados estudos suficientes que comprovam a associação entre o Zika Vírus e a microcefalia, como mencionado no texto da questão.
Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer a questão. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
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