Logo no início do texto, Conceição Freitas revela “a primeir...
Texto 1 para responder as questões de 1 a 4.
v
O olhar estrangeiro
v
1____ Sempre que um livro de arquitetura me cai às mãos,
a primeira coisa que procuro é saber se Brasília ou os
arquitetos que a construíram estão nele. Quando o livro é de
4 autor estrangeiro, então, essa busca se torna ainda mais
ansiosa. É um modo de cotejar meu olhar com o olhar
estrangeiro.
7____ Do recém-lançado O futuro da arquitetura desde
1889, de Jean-Louis Cohen, esmerada edição da CosacNaify,
com revisão técnica da professora Sylvia Ficher, da UnB, o
10 que mais me chamou a atenção foi o título do capítulo
destinado à produção brasileira: “O planeta Brasil”. Perfeito.
Em matéria de arquitetura e urbanismo modernos, somos
13 mesmo um universo singular. As obras surgidas a partir da
década de 1940 “abriu novos horizontes para os arquitetos
europeus e americanos, bem como para aqueles que
16 trabalhavam na África e no Oriente Médio”.
O fascínio das formas da arquitetura moderna
brasileira, escreveu o autor, “residia em sua fluência e
19 elegância, mas também em sua ousadia técnica, que dava
extrema leveza às mais complexas estruturas, possíveis
graças à articulação das duas técnicas desenvolvidas para o
22 uso do concreto armado: a ossatura e as cascas.” A
inventividade brasileira, prossegue, “era visível também nas
novas soluções para os pilotis de Le Corbusier, que deixavam
25 de ser simples cilindros para ganhar contornos em V ou Y
afinando nas extremidades.”
Brasília merece um item no capítulo destinado a Le
28 Corbusier. Aqui, o autor se contenta em descrever
resumidamente o projeto de Lucio Costa e as obras de Oscar
Niemeyer. Talvez Jean-Louis Cohen, um dos mais
31 renomados historiadores de arquitetura do século 20, quisesse
fugir da crítica feroz que os especialistas estrangeiros
destinam à cidade desde que ela foi construída. Sendo assim,
34 conclui o item dizendo: “A população de Brasília continua
profundamente arraigada à cidade, refutando as previsões
pessimistas de seus mais aguerridos detratores.”
37 ____ Vale ressaltar que no livrão de 525 páginas, rico em
iconografia da arquitetura mundial do período, Brasília é só
um dos 207 itens distribuídos em 36 capítulos. O mundo é
40 bem mais diverso do que a gente é capaz de supor.
v
FREITAS, Conceição. In: Correio Braziliense. Caderno Cidades, 6/10/ 2013.
Logo no início do texto, Conceição Freitas revela “a primeira coisa” (linha 2) que procura sempre que lhe cai às mãos um livro de arquitetura. A esse respeito, é correto afirmar que o livro O futuro da arquitetura desde 1889, de Jean-Louis Cohen,