No contrato de uma obra pública, o cronograma físico-fin...

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Q2068243 Engenharia Civil

   No contrato de uma obra pública, o cronograma físico-financeiro previa a execução orçamentária de 10 milhões de reais no presente ano. A contratada realizou até o momento, no corrente ano, 6 milhões de reais em serviços, quando houve um corte orçamentário de 2 milhões de reais.


Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsequente.


Cortes orçamentários eximem a administração pública de pagamento de juros de mora oriundos de atrasos de pagamentos.

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A questão cobrou do candidato o conhecimento a respeito de particularidades de contratos de obras públicas.


Sempre que a administração pública precisa licitar uma obra, ela é "obrigada", por força de lei, a ter os recursos financeiros e geri-los conforme cronograma estabelecido. Qualquer imprevisto, como atraso de pagamento, a não ser em casos de força maior e justificados, exemplificam o mau uso dos recursos funcionários públicos.


Sendo assim, mesmo com dificuldades financeiras evidenciadas pelo corte do orçamento, a administração pública é obrigada a fazer o pagamento em dia, caso contrário fica sujeita ao pagamento de juros.


Portanto, o corte orçamentário de 2 milhões de reais no contrato NÃO pode motivar a nulidade do pagamento de juros em casos de atrasos de pagamentos por parte da Administração Pública.


Gabarito do Professor: ERRADO.

FONTE: BRASIL. Lei  nº  8.666,  de  21  de  junho  de  1993.  Regulamenta  o  arte.  37 Mil  inciso |  XXI,  da  Constituição Federal,  institui  normas  para  licitações  e  contratos  da  Administração  Pública  e  dá  outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 jun. 1993.

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Comentários

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Errei a questão por achar que o corte poderia ser tanto por má administração quanto por algo extraordinário que foi preciso remanejar o crédito orçamentário. Mas parece que para ser essa segunda opção, a questão teria que estar explicita.

A resposta correta é E) Errado.

Por que?

  • O corte orçamentário de R$ 2 milhões reduz o valor total disponível para a obra no presente ano.
  • A execução dos R$ 4 milhões remanescentes superaria o orçamento disponível após o corte.

O que a fiscalização pode fazer?

  • Reavaliar o cronograma físico financeiro: Ajustar o ritmo de execução da obra para se adequar ao orçamento disponível.
  • Renegociar o contrato: Buscar acordo com a contratada para reduzir o valor total da obra ou reajustar o cronograma de execução.

Limitações da fiscalização:

  • Manter o cronograma original: Não é possível manter o cronograma original se o orçamento disponível foi reduzido.
  • Executar os R$ 4 milhões remanescentes: Excederia o orçamento disponível e poderia gerar problemas financeiros para a administração pública.

Recomendações:

  • Analisar cuidadosamente o impacto do corte orçamentário: Avaliar os prazos, custos e qualidade da obra.
  • Dialogar com a contratada: Buscar soluções que sejam viáveis para ambas as partes.
  • Documentar todas as decisões tomadas: Registrar as justificativas para as alterações no cronograma e no contrato.

Conclusão:

A fiscalização não pode manter a execução dos R$ 4 milhões remanescentes no corrente ano porque o corte orçamentário reduziu o valor total disponível para a obra. É necessário reavaliar o cronograma físico financeiro e buscar soluções que sejam viáveis para ambas as partes.

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