A forma efusiva como o presidente Fernando Henrique Cardoso ...

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Q28968 História
Com o advento da República, a política externa
brasileira voltou-se para uma deliberada aproximação com
os EUA, país que reconhecera, quase que de imediato, o
novo regime político do Brasil. Isso não significou que
houvessem sido abandonadas as ligações com a Europa,
especialmente com a Grã-Bretanha, marca registrada das
relações exteriores durante o Império. Mas articulavam-se,
com o barão do Rio Branco à frente do ministério, as novas
bases de uma identidade continental, que garantiria um
alinhamento do Brasil com os EUA, mantido, apenas com
pequenas alterações, até o presente.

Maria Lígia Prado. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX.
In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000)
- a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 326 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando
a inserção internacional do Brasil ao longo do período
republicano, julgue os itens subseqüentes.
A forma efusiva como o presidente Fernando Henrique Cardoso foi recebido por George W. Bush demonstra que, a despeito da impressão insatisfatória deixada na Casa Branca à maneira pela qual o Brasil reagiu aos ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, propondo prudência e cautela na reação norte-americana e se recusando a apoiar atitudes sustentadas por uma visão maniqueísta do mundo, a política internacional é conduzida por princípios conceituais, de modo que as divergências tendem a ser superadas.
Alternativas

Comentários

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Política Internacional não é marcada pelos princípios conceituais, mas pelo pragmatismo!

Vide caso do Império Russo, integrante da Sta. Aliança e contrário às insurreições nacionalistas. Ainda assim, apoia luta da Grécia pela independência, uma vez que tinha interesse no enfraquecimento do Imperio Otomano.
Resposta: ERRADO

1) Segundo a revista Veja: "George H. W. Bush foi um presidente bastante neutro em relação ao Brasil, com o qual não estabeleceu nenhuma relação especial. Até porque seu foco estava longe daqui, no Oriente Médio. No passado recente, a maior aproximação se deu mesmo entre Bill Clinton e FHC, a quem o marido de Hillary admirava pelo lastro intelectual. " Em: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/presidentes-americanos-brasil/diplomacia-governo-obama-bush-clinton.shtml

2) Para Luiz Alberto Moniz Bandeira: "Após os atentados terroristas que destruíram as torres gêmea do WTC e de parte do Pentágono, com mais de 3.000 mortos, Fernando Henrique Cardoso, na mesma manhã de 11 de setembro, telefonou para Bush, a fim de emprestar-lhe integral solidariedade, e Celso Lafer tomou a iniciativa de convocar uma reunião do Órgão de Consulta da OEA, invocando o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), conhecido como Tratado do Rio de Janeiro, alegando que “a excepcional gravidade dos ataques e a discussão de seus desdobramentos” justificavam o recurso ao mecanismo de segurança coletiva do hemisfério. Três dias depois, declarou que o Brasil poderia participar da guerra, se viesse a ocorrer, apoiando uma ação militar dos Estados Unidos, desde que o grupo terrorista que atacou as torres do World Trade Center e o Pentágono fossem identificados. E, durante a XXIV Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos, em 21 de setembro, afirmou que “as mais de cinco décadas decorridas desde a assinatura do TIAR não lhe retiram a validade”. Em: http://www.espacoacademico.com.br/049/49bandeira.htm

Baseando-se nesses dois excertos, pode-se concluir:

a) O presidente Bush não tinha um relacionamento caloroso com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

b) O Brasil solidarizou-se com os EUA no episódio do ataque terrorista às Torres Gêmeas invocando o TIAR e manifestando desejo de enviar tropas para participar da guerra, e não "propondo prudência e cautela na reação norte-americana e se recusando a apoiar atitudes sustentadas por uma visão maniqueísta do mundo", conforme o enunciado da questão.

Além disso, a afirmação de que "a política internacional é conduzida por princípios conceituais" é destituída de veracidade, conforme o comentário anterior de Francisco de Barros Vilela.


CASCA DE BANANA: "A forma efusiva..."

+

BATATA PODRE: "a política internacional é conduzida por princípios conceituais"

Bons tempos em que os estudantes do QConcursos achavam que "princípios conceituais" (leia-se "ideologias") não coadunavam com a PEB.

Errado

Brasil se solidarizou de forma imediata com os EUA e sugeriu o acionamento do TIAR como solidariedade

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