“O termo letramento não é novo no vocabulário, e está direta...
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Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Jequié - BA
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Jequié - BA - Professor de Matemática |
Q3024571
Português
Texto associado
Bê, á, bá tech: como funciona o letramento na era digital?
As crianças e adolescentes passam boa parte da vida no ambiente escolar. Essa convivência é fundamental para que
consigam viver e conviver em sociedade. Para acompanhar as evoluções, é preciso, hoje, ir além da alfabetização básica.
Matemática, história, português, geografia e outras disciplinas continuam essenciais, mas, para garantir a compreensão do
mundo, as instituições de ensino precisam garantir o letramento digital, que é a compreensão e capacidade de interpretar, criar
e desenvolver habilidades de leitura e escrita no cenário tecnológico.
O termo letramento não é novo no vocabulário, e está diretamente ligado a alfabetização, mas com uma representação
mais complexa. A ideia é não apenas decodificar as interações comunicativas, mas saber quando e como aplicá-las. Dessa forma,
o estudante ganha mais autonomia e aprende, de forma crítica, como aproveitar os reais benefícios oferecidos pela tecnologia.
Especialista em Educação da Fundação Itaú Social, Juliana Yade avalia que a formação tecnológica é importante para o
futuro das crianças. “As crianças estão cada vez mais expostas à tecnologia desde cedo, sendo fundamental que elas
desenvolvam habilidades digitais básicas para se prepararem para um mundo em que a tecnologia é tão essencial”, avalia.
O domínio de múltiplas habilidades é uma das principais vantagens do letramento digital, pois ele estimula a
multidisciplinaridade e a cooperação entre as diferentes áreas de conhecimento. “Também é imprescindível ensiná-las sobre
segurança on-line, incluindo a importância de não compartilhar informações pessoais, identificar comportamentos de risco e
entender, mesmo que minimamente, os princípios de privacidade”, comenta Yade.
Na prática, a escola deve ensinar os estudantes com e sobre tecnologia, inserindo recursos educacionais digitais no dia a
dia da instituição e abordando temas relacionados à cultura digital de forma interdisciplinar. “A integração bem-sucedida da
educação com o letramento digital requer uma abordagem equilibrada, em que a tecnologia deve ser usada como uma
ferramenta para aprimorar o aprendizado, e não como um recurso substituto. Isso garantirá que os estudantes estejam
preparados para o mundo digital em constante evolução”, avalia Juliana Yade.
A diretora pedagógica da Escola Canadense de Brasília, Amanda Payne, avalia o aprendizado tecnológico nas escolas como
essencial. “Ajudamos os estudantes a fazer a seleção do que é válido, de quais sites têm informação confiável, onde verificar as
fontes e, assim, ter uma educação mais prática para o dia a dia também”, acrescenta.
A pedagoga Miliane Benício, mãe do Axl Benício, 11 anos, explica que apresenta para o filho o universo de possibilidades
que a tecnologia oferece. “Assim, ele tem condições de ouvir de outra forma, uma reflexão sobre o mesmo assunto. E, como a
escola é nossa cúmplice nessa leitura, procuramos uma escola que potencializasse habilidades e interesses que ele demonstrava
possuir”, destaca a mãe.
Apesar do letramento digital estar inserido na vida de muitos indivíduos antes mesmo da alfabetização, esse é um processo que
não ocorre de forma rápida. É uma prática que demanda tempo, se relaciona com a realidade do aluno dentro e fora da sala de aula
e precisa ser desenvolvida de forma equilibrada, devendo ser inserida no contexto escolar e acompanhada de perto pelos professores.
“Observar o computador como um recurso, uma vez que ele vai além do formato tradicional de educação. Por isso, tanto
nos anos iniciais quanto nos anos finais, os alunos estão construindo uma formação tecnológica, mas ao mesmo tempo se
colocando de forma crítica dentro desse universo”, explica Amanda Payne.
Juliana Yade acrescenta que é importante ressaltar que o letramento digital não é uma habilidade estática, mas uma
competência em constante evolução, impulsionada pelo rápido avanço tecnológico. Portanto, as escolas devem continuar a
adaptar seus currículos e métodos de ensino para garantir que os estudantes estejam preparados para enfrentar os desafios
digitais de um mundo em constante mudança.
“Além disso, precisamos ter em mente que as crianças, adolescentes e jovens são nativos digitais e estão familiarizados
com diversos recursos tecnológicos desde muito cedo. É aí que a escola ganha protagonismo, apoiando na formação desses
indivíduos para fazerem o uso crítico das ferramentas e do seu conteúdo”, conclui a especialista.
(Helena Dornelas. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/. Acesso em: 19/07/2024. Adaptado.)
“O termo letramento não é novo no vocabulário, e está diretamente ligado a alfabetização, mas com uma representação
mais complexa.” (2º§) As palavras sublinhadas dão ao fragmento, respectivamente, as ideias de: