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Para coibir falsificações, remédios devem ganhar “RG” até o final de 2016
Débora Nogueira - Do UOL - 23/07/2015
A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve. A partir do final de 2016, deve começar a valer a lei de rastreabilidade dos medicamentos, que determina que cada caixinha será rastreável a partir de um código 2D (em duas dimensões). Estima - se que um a cada cinco medicamentos vendidos no Brasil seja falsificado, segundo a OMS.
Essa espécie de “RG dos remédios” servirá para que as agências regulatórias como a Anvisa possam saber o caminho que um medicamento faz, desde o momento da fabricação até a comercialização. O consumidor também terá parte nisso: será possível verificar a partir do código da caixa se o remédio é verdadeiro. As indústrias farmacêuticas que operam no Brasil devem ter três lotes testes rastreáveis até
dezembro de 2015 e todo o sistema implantado até dezembro de 2016.
Porém, há uma disputa em jogo que pode levar o prazo de adequação para só depois de 2025. As informações sobre o consumo de medicamentos de todos os brasileiros, e portanto as informações de demanda e vendas, são muito valiosas.
Hoje, a indústria farmacêutica gasta um grande valor para obter informações sobre a venda de remédios para poder definir estratégias de marketing e a atuação dos representantes de laboratórios junto aos médicos (que podem até ganhar dinheiro e viagens pelo número de prescrições). Existem empresas que pagam farmácias para obter dados de médicos, números de vendas etc. e, então, os vendem à indústria.
Com a lei, aprovada em 2009, toda essa informação seria passada para o governo. Mas a regulamentação feita pela Anvisa em 2013 não explicita como seriam armazenadas essas informações e quem teria acesso a elas. Apenas fica determinado que a indústria é responsável pela segurança da cadeia desde a saída da fábrica até chegar ao consumidor final.
As redes de drogarias e farmácias, representadas pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), criticam o fato das farmácias terem de reportar cada venda às farmacêuticas. Com a lei da rastreabilidade, cada modificação de lugar do medicamento (da fábrica para a farmácia e farmácia para o consumidor) deve ser informada.
“Isto é um verdadeiro absurdo contra a privacidade da informação prevista na Constituição. Com todas essas informações à mão, fabricantes poderão alijar empresas, manipular preços e dominar a concorrência”, afirmou o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, em nota.
Além disso, as redes de farmácias pedem um prazo maior. “Mais de 180 mil estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se adequar tecnologicamente. Será uma complexa operação logística”, disse.
Há um projeto de lei em tramitação no Senado que pede alterações no envio de informações sobre os medicamentos e propõe um prazo maior para adequação. No projeto, do senador Humberto Costa (PT), é proposto que cada membro da cadeia tenha seu próprio banco de dados, acessível pelo Sistema Nacional de Controle de Medicamentos -- para que o governo federal construa seu próprio banco de dados para armazenar e consultar todas as movimentações dos medicamentos. Junto a essa demanda, o senador pede mais 10 anos após a aprovação da lei para que todos se adequem, ou seja, o rastreamento só passaria a valer a partir de 2025. O senador afirmou que o prazo de dez anos pode não ser necessário e que o projeto de lei pode ser modificado antes de ser colocado em votação.
A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), que reúne 55 empresas farmacêuticas que respondem por mais de 50% dos medicamentos comercializados no Brasil, afirma estar preparada para se adequar à lei e produzir cerca de 4 bilhões de caixinhas por ano com o código individual para o rastreamento. “Já estamos preparados para cumprir as diretrizes. A lei de rastreabilidade é muito importante não só para evitar a falsificação mas também para aumentar a transparência ao longo da cadeia farmacêutica com o recolhimento correto de tributos e o combate ao roubo de cargas”, afirmou o diretor de assuntos econômicos da Interfarma, Marcelo Liebhardt.
Segundo a Anvisa, a adaptação não deve encarecer o produto final: “a implantação do rastreamento de medicamentos promove um retorno significativo na redução de custos de produção, de controles e gerenciamento de estoques, evitando perdas e impulsionando o processo produtivo e de disponibilização de produtos”.
Texto adaptado. Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/07/23/remedios-devem-ganhar-rg-ate-o-finalde-2016.htm
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Alternativa Correta: A - para indicar uma citação.
Vamos entender por que essa alternativa está correta e as outras não:
Justificativa da Alternativa Correta:
As aspas em “Mais de 180 mil estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se adequar tecnologicamente. Será uma complexa operação logística” foram empregadas para indicar que se trata de uma citação. Isso é um recurso comum em textos jornalísticos e acadêmicos, onde o autor reproduz exatamente as palavras ditas por outra pessoa, neste caso, uma fala do presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, conforme mencionado no trecho original.
Análise das Alternativas Incorretas:
B - para delimitar o título da obra que será publicada.
Essa opção está incorreta porque as aspas não foram usadas para delimitar o título de uma obra. Em textos, quando queremos destacar o título de livros, artigos, filmes ou outras obras, usamos aspas, itálico ou sublinhado. Aqui, trata-se de uma fala, não de um título.
C - para ironizar a situação considerada absurda.
Embora o texto mencione que algumas partes da legislação são vistas como absurdas, as aspas não foram usadas para ironia. Elas são simplesmente uma ferramenta para destacar a fala de um terceiro, não para expressar sarcasmo ou ironia.
D - para expressar uma opinião do autor do texto.
Essa alternativa está incorreta porque as aspas não estão expressando a opinião do autor do texto, mas sim a opinião de Sérgio Mena Barreto. Quando o autor deseja expressar sua opinião, ele geralmente o faz de maneira direta, sem o uso de aspas para citações de terceiros.
E - inadequadamente.
As aspas foram empregadas corretamente para indicar uma citação, portanto, esta alternativa também está errada. O uso das aspas está em conformidade com as normas gramaticais e de redação.
Espero que esta explicação tenha esclarecido suas dúvidas sobre o uso das aspas e a correção da alternativa. Se precisar de mais alguma ajuda, estou à disposição!
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GABARITO LETRA A.
USO DAS ASPAS:Trata-se, portanto, de um sinal de pontuação utilizado na produção textual para enfatizar palavras ou expressões, além de indicar citações de algum texto.
1-Enfatizar Discurso
2-Citações Diretas
2-Estrangeirismo
3-Neologismo
4-Gírias:
5-Citar Obras
Fonte: https://www.todamateria.com.br/uso-das-aspas/
Além disso, as redes de farmácias pedem um prazo maior. “Mais de 180 mil estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se adequar tecnologicamente. Será uma complexa operação logística”, disse.
Gabarito: a) para indicar uma citação.
ASPAS- são empregadas para indicar CITAÇÃO, FALA DE PERSONAGEM, ESTRANGEIRISMO, NEOLOGISMO, ARCAÍSMO, IRONIA, COLOQUIALISMO, LINGUAGEM FIGURADA, ÊNFASE... Marcam um padrão de linguagem diferente do empregado no texto.
GABARITO: LETRA A
“Isto é um verdadeiro absurdo contra a privacidade da informação prevista na Constituição. Com todas essas informações à mão, fabricantes poderão alijar empresas, manipular preços e dominar a concorrência”, afirmou o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, em nota.
Além disso, as redes de farmácias pedem um prazo maior. “Mais de 180 mil estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se adequar tecnologicamente. Será uma complexa operação logística”, disse.
GABARITO: LETRA A
Aspas – indicativo de destaque.
São usadas para indicar:
a) Citação literal:
“A mente do homem é como uma távola rasa” – disse o filósofo.
b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias:
“Peace” foi o que escreveram na faixa.
Ficava “desmorrendo” com aquela feitiçaria.
Estou sentido uma “treta”.
c) Indicar o sentido não usual de um termo.
Energia “limpa” custa caro.
d) Indicar título de obra.
“Sentimento do Mundo” é uma obra do Modernismo Brasileiro.
e) Indicar ironia
Ele é um grande “pensador” da humanidade.
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