O conectivo que se encontra entre colchetes no segundo parág...
Ações imediatas no meio ambiente
A tragédia no Sul do país é prova eloquente e dolorosa de que o meio ambiente não pode mais ser tratado como assunto etéreo Correio Braziliense | 02/06/24
A Semana Nacional do Meio Ambiente iniciou-se em 1º de junho sob o impacto de uma tragédia climática no Brasil. Até a tarde de ontem, passava de 170 o número de mortos pelas enchentes que devastam o Rio Grande do Sul há pouco mais de um mês. A força das águas atingiu tamanho grau de destruição que varreu do mapa praticamente cidades inteiras, como Eldorado e Cruzeiro do Sul. Mais de 580 mil pessoas estão desabrigadas, entre 2,4 milhões de gaúchos afetados em mais de 90% dos municípios.
Até o momento, o governo federal dispendeu mais de R$ 60 bilhões na ajuda ao estado. Dentro de suas possibilidades, o governo estadual também ofereceu ajuda, particularmente no pagamento de um auxílio para famílias desabrigadas. Sabe-se, [no entanto], que essas ações são emergenciais. Mal começou o trabalho de reconstrução, e muitos gaúchos nem sequer tiveram condições de assimilar a perda de entes queridos, o que dirá de contabilizar os prejuízos. Mais de 40 pessoas permanecem desaparecidas sob o mar de lama, escombros e tristeza.
A tragédia no Sul do país é prova eloquente e dolorosa de que o meio ambiente não pode mais ser tratado como assunto etéreo. Passou há muito o tempo de restringir o tema a debate em conferências globais ou fóruns de especialistas. É hora de ação. De uma vez por todas, é hora de enfrentar as mudanças climáticas com todos os instrumentos à disposição.
O poder público tem papel preponderante nesse desafio. Cabe ao Estado cumprir acordos internacionais para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Cabe aos governos fiscalizar atividades danosas ao meio ambiente, como desmatamento ilegal e garimpo clandestino. Cabe ainda ao Executivo impedir o crescimento desordenado das cidades, de modo que milhares de famílias fixem residências em encostas ou às margens dos rios.
Em relação ao Legislativo, cumpre aos parlamentares preservar o meio ambiente de interesses diversos que põem em risco a sustentabilidade. Há quem diga que a legislação ambiental brasileira é das mais avançadas, mas a profusão de iniciativas perigosas — da privatização de áreas da União no litoral ao marco temporal de terras indígenas — mina o esforço necessário de tornar o Brasil um país onde a sustentabilidade é levada a sério.
Por fim, o Judiciário, assim como os demais Poderes, precisa dar ao meio ambiente tratamento diferenciado e preventivo, sob o risco de restringir sua atuação à reparação de danos decorrentes de tragédias ambientais. Assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme determina o artigo 225 da Constituição Federal, CONSTITUI/CONSTITUEM missão de enorme valor social para o sistema de Justiça.
A sociedade também tem um papel a cumprir. Não FALTA/FALTAM iniciativas e organizações, algumas de caráter global, que se mobilizam em favor da sustentabilidade. Mas ainda não é possível observar uma consciência ambiental predominante, em parte por causa do negacionismo climático que persiste em diversos setores.
Os alertas da ciência são inequívocos, e a realidade se IMPÕE/IMPÕEM. Não há mais como protelar medidas firmes, constantes e duradouras para evitar novas catástrofes climáticas. Que a Semana do Meio Ambiente, marcada pelo sofrimento de milhares no Rio Grande do Sul, dê início a um despertar em favor da natureza — e do futuro da humanidade.
AÇÕES imediatas no meio ambiente. Correio Braziliense, 02 de junho de 2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/06/6869017-visao-do-correio-acoes-imediatas-no-meio-ambiente.html. Acesso em: 02 jun. 2024. Adaptado.
O conectivo que se encontra entre colchetes no segundo parágrafo do texto veicula, no enunciado, um sentido de:
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Alternativa Correta: D - Adversidade.
O tema central da questão é identificar o sentido do conectivo "no entanto" no segundo parágrafo do texto. Para resolver essa questão, é necessário compreender o papel dos conectivos no texto e como eles alteram ou influenciam a interpretação das informações apresentadas. Os conectivos são palavras ou expressões que ligam orações e estabelecem relações lógicas entre elas, como adição, adversidade, explicação, entre outras.
No texto, o conectivo "no entanto" aparece para introduzir uma ideia que contrasta com a anterior. A frase anterior fala sobre as ações emergenciais do governo, enquanto a frase que se segue ao conectivo destaca que essas ações são apenas uma parte da solução e que ainda há muitos desafios pela frente.
Justificativa da Alternativa Correta: A alternativa D - Adversidade é a correta, pois o conectivo "no entanto" expressa uma ideia de contraste ou oposição. Ele é usado para introduzir uma informação que se opõe ou que traz uma perspectiva diferente à ideia que foi apresentada antes.
Análise das Alternativas Incorretas:
A - Adição: Essa alternativa está incorreta porque a ideia de adição adicionaria informações complementares ou semelhantes àquelas já mencionadas, o que não é o caso do conectivo "no entanto".
B - Alternância: Esta opção está errada, pois a alternância implica uma escolha entre duas possibilidades, o que não é o sentido veiculado por "no entanto".
C - Conclusão: Essa opção está incorreta, uma vez que uma conclusão indicaria um fechamento de ideias, enquanto "no entanto" introduz uma ideia contrastante.
E - Explicação: Esta alternativa está incorreta, pois explicação envolve detalhamento ou justificativa de uma ideia previamente mencionada, e "no entanto" não desempenha esse papel no texto.
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Gabarito - Letra B- As conjunções adversativas são palavras ou expressões que ligam duas orações, indicando que uma delas se opõe ou contradiz a outra. Elas expressam contraste, oposição ou contrariedade.
Mas, Porém, Contudo, Todavia, Entretanto, No entanto, Senão, Não obstante
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