A expressão destacada na passagem “Não surpreende, pois, qu...
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O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.
Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5% para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho.
A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas geradas deixa a desejar.
Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.
A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136 mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.
Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a recessão.
(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)
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Comentários
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a) à recuperação significativa da economia brasileira, que, apesar de contínua, tem sido incapaz de beneficiar os mais pobres.
b) à precariedade da situação dos mais pobres, agravada pelo fechamento de postos de trabalho e pela diminuição da renda.
c) à fraca retomada do crescimento econômico, a qual tem sido insuficiente para diminuir os níveis de desocupação.
d) ao número de desempregados, que, embora venha aumentando, por enquanto não afetou os avanços sociais.
e) à estagnação da situação de pobreza extrema no Brasil, que já acomete mais da metade dos brasileiros.
à precariedade da situação dos mais pobres, agravada pelo fechamento de postos de trabalho e pela diminuição da renda.
Gab.: B
A Ana justificou errado a letra B. O erro está em "insuficiente".
a) à recuperação significativa da economia brasileira, que, apesar de contínua, tem sido incapaz de beneficiar os mais pobres. (A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado tímida...)
b) à precariedade da situação dos mais pobres, agravada pelo fechamento de postos de trabalho e pela diminuição da renda. CORRETA
c) à fraca retomada do crescimento econômico, a qual tem sido insuficiente para diminuir os níveis de desocupação. ( ...embora a desocupação tenha caído um pouco, ...)
d) ao número de desempregados, que, embora venha aumentando, por enquanto não afetou os avanços sociais. ( ...é plausível que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a recessão)
e) à estagnação da situação de pobreza extrema no Brasil, que já acomete mais da metade dos brasileiros. (... a pobreza extrema se elevou em 11%.)
O Fabricio viu erro no Gabarito, é isso mesmo?
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