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Texto 2
Aumentar teto para pagar auxílio prejudicará os mais pobres, alertam economistas
A alta do dólar e a pressão fiscal com o aumento das despesas do governo, devido à mudança no teto de gastos para pagar auxílio de R$ 400 prometido pelo presidente, a pouco mais de um ano das eleições, levam bancos e consultorias a projetarem mais inflação e aumento acima do previsto nas taxas de juros.
Algumas casas projetam juros acima de 10% em 2022 e o estouro da meta de inflação, além deste ano, também em 2022. Resultado: os mais pobres, que deveriam ser os beneficiados pela medida do governo, poderão acabar sendo os mais prejudicados, pois a inflação corrói o valor do dinheiro, especialmente da população alvo do auxílio prometido. E toda a economia sofre com altas nas taxas de juros, a única alternativa do Banco Central para tentar conter os aumentos de preços, já elevados.
Veja a opinião de Marcelo Neri, ex-presidente do Ipea, sobre os efeitos das recentes medidas do governo:
– “Eu acho que a gente talvez não esteja fazendo nem uma coisa econômica nem social. A gente está criando uma grande incerteza, que é ruim para todo mundo. Perdem as finanças públicas, a economia, perdem as pessoas, em particular os mais pobres. Então, eu acho que a gente não está numa boa agenda nem econômica nem social. O risco é de um efeito bumerangue. O dinheiro, que deveria ajudar, acaba perdendo valor por causa da inflação”.
Disponível em: https://economia.ig.com.br/2021-10-23/aumentarteto-auxilio-pobres-economistas.html. Acesso em: 24 nov. 2021. [Adaptado].
Assinale a pergunta que pode ser respondida com base no texto 2.