Em um paciente com ascite volumosa, gradiente soro-ascite de...

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Q2115106 Medicina
Em um paciente com ascite volumosa, gradiente soro-ascite de 1,3 e proteína no líquido ascítico de 2,8 g/dL. O diagnóstico mais provável é:  
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O diagnóstico mais provável nesse caso é Insuficiência Cardíaca, que é caracterizada pelo acúmulo de líquido nos tecidos e órgãos do corpo, como o peritônio (que reveste a cavidade abdominal), resultando em ascite. O gradiente soro-ascite de 1,3 também sugere isso, pois indica que o líquido ascítico é formado por um transudato, que é um líquido com baixa concentração de proteínas, e não um exsudato, que seria característico de uma neoplasia abdominal ou tuberculose peritoneal. A proteína no líquido ascítico de 2,8 g/dL está dentro do intervalo normal para uma Insuficiência Cardíaca, enquanto que em outras doenças, como Síndrome Nefrótica, a proteína costuma ser bem mais elevada. Portanto, a alternativa correta é a C - Insuficiência Cardíaca.

Pela paracentese, tanto a ascite de origem hepática (ex: cirrose) quanto a de origem cardiogência se apresentam com o gradiente soro-ascite de albumina (GASA) maior ou igual a 1,1g/dL. Além disso, a celularidade do líquido nestes 2 etiologias costuma ser baixa. Como diferenciar então as 2 causas apenas pela análise do líquido ascítico?

Dica:

– ascite de origem hepática – a proteína total do líquido ascítico costuma ser < 2,5 g/dL

– ascite de origem cardíaca – a proteína costuma ser > 2,5-3 g/dL

Referência: Runyon BA. Evaluation of adults with ascites. Uptodate 2016.

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