Um funcionário público, de cinquenta e quatro anos de idade,...

Alternativa correta: E - errado

Vamos analisar a questão em detalhe para entender por que a alternativa é "errado".

A situação descreve um funcionário público que, após ser diagnosticado com uma condição crônica e sentir intensas dores, é encaminhado para um psicólogo para intervenção complementar no tratamento da dor e auxílio na decisão sobre a cirurgia. A questão pergunta se o psicólogo deve estimular o paciente a realizar a cirurgia.

Para responder corretamente, é necessário compreender o papel do psicólogo, especialmente em uma abordagem cognitivo-comportamental (TCC), e os princípios éticos que regem a prática psicológica.

Por que a alternativa é "errado"?

O psicólogo, na abordagem cognitivo-comportamental e em qualquer outra abordagem, deve respeitar a autonomia do paciente. Isso significa que o profissional não deve forçar ou coagir o paciente a tomar uma decisão, como realizar uma cirurgia. O papel do psicólogo é fornecer suporte para que o paciente possa tomar uma decisão informada e refletida, baseada em suas próprias necessidades e valores.

Além disso, a ética profissional exige que o psicólogo mantenha uma postura de neutralidade e apoio emocional, ajudando o paciente a lidar com suas ansiedades e preocupações, e a desenvolver estratégias para manejar a dor e outras consequências emocionais da condição crônica.

Entendendo a abordagem cognitivo-comportamental:

A TCC é uma abordagem que visa modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais para melhorar o bem-estar do paciente. No contexto da dor crônica, a TCC pode ajudar o paciente a:

• Identificar e reestruturar pensamentos negativos e distorcidos sobre a dor e a cirurgia.
• Desenvolver técnicas de relaxamento e redução de estresse.
• Aprender estratégias para manejo da dor, como distração, meditação e exercícios físicos adequados.
• Fortalecer a capacidade de tomar decisões informadas e baseadas em seus próprios valores.

Portanto, ao invés de estimular o paciente a realizar a cirurgia, o psicólogo deve oferecer um espaço seguro para que ele explore suas preocupações e medos, forneça informações claras e ajude a desenvolver um plano de ação que respeite seus desejos e necessidades.

Concluindo: O psicólogo deve ajudar o paciente a lidar com suas ansiedades e dores, fornecendo suporte para que ele possa tomar uma decisão informada, mas nunca deve direcionar ou influenciar diretamente a decisão sobre a realização da cirurgia.

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ERRADO - Não é papel do Psi Hospitalar estimular ou não estimular o paciente a se submeter a qualquer processo cirúrgico. Nessa situação, o Psi deve possibilitar o diálogo e apresentar as possibilidades. Além disso, ele também deve respeitar a escolha do paciente quanto à submissão ou não a cirurgia pretendida.