“Naomi estudou os hábitos de leitura de 300 estudantes uni...
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Ano: 2017
Banca:
IESES
Órgão:
Prefeitura de São José do Cerrito - SC
Prova:
IESES - 2017 - Prefeitura de São José do Cerrito - SC - Técnico em Enfermagem |
Q772886
Português
Texto associado
LER E ESCREVER NO PAPEL FAZ BEM PARA O
CÉREBRO, DIZ ESTUDO
23 fev 2015 Adaptado de:
http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=116 Acesso em:
17 janeiro 2015
Há óbvias vantagens em ler um livro num smartphone,
tablet ou e-reader em vez de lê-lo no papel. No livro digital,
é fácil buscar uma palavra qualquer ou consultar seu
significado num dicionário, por exemplo.
Um e-reader que pesa apenas 200 gramas pode
conter milhares de livros digitais que seriam pesados e
volumosos se fossem de papel. Além disso, um e-book é
geralmente mais barato que seu equivalente impresso.
Mas a linguista americana Naomi Baron descobriu
que ler e escrever no papel é quase sempre melhor para o
cérebro. Naomi estudou os hábitos de leitura de 300
estudantes universitários em quatro países – Estados
Unidos, Alemanha, Japão e Eslováquia. Ela reuniu seus
achados no livro “Words Onscreen: The Fate of Reading in
a Digital World” (“Palavras na Tela: O Destino da Leitura
num Mundo Digital” – ainda sem edição em português).
92% desses estudantes dizem que é mais fácil se
concentrar na leitura ao manusear um livro de papel do
que ao ler um livro digital. Naomi detalha, numa entrevista
ao site New Republic, o que os estudantes disseram sobre
a leitura em dispositivos digitais: “A primeira coisa que
dizem é que se distraem mais facilmente, eles são levados
a outras coisas. A segunda é que há cansaço visual, dor
de cabeça e desconforto físico.”
Esta última reclamação parece se referir
principalmente à leitura em tablets e smartphones, já que
os e-readers são geralmente mais amigáveis aos olhos.
Segundo Naomi, embora a sensação subjetiva dos
estudantes seja de que aprendem menos em livros digitais,
testes não confirmam isso: “Se você aplica testes
padronizados de compreensão de passagens no texto, os
resultados são mais ou menos os mesmos na tela ou na
página impressa”, disse ela ao New Republic.
Mas há benefícios observáveis da leitura no papel.
Quem lê um livro impresso, diz ela, tende a se dedicar à
leitura de forma mais contínua e por mais tempo. Além
disso, tem mais chances de reler o texto depois de tê-lo
concluído.
Uma descoberta um pouco mais surpreendente é que
escrever no papel – um hábito cada vez menos comum –
também traz benefícios. Naomi cita um estudo feito em
2012 na Universidade de Indiana com crianças em fase de
alfabetização. Os pesquisadores de Indiana descobriram
que crianças que escrevem as letras no papel têm seus
cérebros ativados de forma mais intensa do que aquelas
que digitam letras num computador usando um teclado.
Como consequência, o aprendizado é mais rápido para
aquelas que escrevem no papel.
“Naomi estudou os hábitos de leitura de 300 estudantes
universitários em quatro países”.
Sobre o emprego dos sinais de pontuação, assinale a
única alternativa em que o período acima foi reescrito
corretamente.