Uma parcela da categoria profissional de Assistentes Sociais...
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Para resolver esta questão, é essencial compreender o conceito da Instrumentalidade do Serviço Social, que se refere à capacidade do assistente social de utilizar instrumentos e técnicas de forma eficaz em sua prática profissional. O tema é relevante porque aborda a qualidade e eficácia da intervenção do assistente social, fundamentando-se na relação entre teoria e prática.
A questão discute a perspectiva de Yolanda Guerra (1995) sobre a sistematização do instrumental técnico no Serviço Social. Guerra sugere que, antes de se preocupar com o "o que fazer" e "como fazer", o assistente social deve compreender o "para que fazer", ou seja, a finalidade e o contexto de sua intervenção.
A alternativa correta é a C: "antes das definições operacionais (“o que fazer” e “como fazer”), o Assistente Social deve buscar compreender o “para que fazer” (para quem, onde e quando fazer), analisando as consequências que as ações profissionais produzem". Esta opção está correta porque destaca a importância de uma reflexão crítica sobre os objetivos e o impacto das ações profissionais, conforme defendido por Guerra. Essa abordagem garante que o assistente social não apenas siga procedimentos, mas também compreenda o contexto e as necessidades específicas das situações que enfrenta.
Análise das alternativas incorretas:
A - A afirmação de que apenas um bom conhecimento teórico é suficiente ignora a importância das definições operacionais e da prática contextualizada. O conhecimento teórico é fundamental, mas deve ser integrado à prática de forma crítica e reflexiva.
B - Embora a prática forneça importantes indicativos para a ação, a alternativa simplifica a relação prática-teoria e não aborda a necessária reflexão sobre o “para que fazer”, que é central no argumento de Guerra.
D - Esta opção inverte a relação entre teoria e prática, sugerindo que as construções teóricas determinam a prática. No entanto, a prática não é apenas uma aplicação da teoria, mas um espaço de reflexão crítica onde o "para que fazer" é essencial.
Em questões como esta, é importante analisar o enunciado e as alternativas com atenção, buscando identificar o cerne da argumentação teórica. Ao estudar a relação entre teoria e prática, lembre-se sempre de considerar o contexto e a finalidade das intervenções.
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Letra C
"Assim, a definição sobre o que e como fazer, tem que ser articulada ao porque fazer (significado social da profissional e sua funcionalidade ou não ao padrão dominante), ao para que fazer (indicando as finalidades/teleologia do sujeito profissional) e ao com o que fazer: com que meios, recursos e através de que mediações ou sistema (s) de mediações."
A Dimensão técnico-operativa do exercício profissional YOLANDA GUERRA
Bati o olho na questaão e já vi a resposta.
Ao discutir instrumentalidade no Serviço Social, Guerra (2005, p. 25-26) destaca três tendências no interior da profissão, sendo que a
primeira diz respeito aos profissionais que supervalorizam a prática secundarizando as teorias ao campo de abstrações. Esta perspectiva
profissional possibilita “(...) a repetibilidade da prática autoriza a formulação de procedimentos, válidos para situações análogas, que são
transformados em modelos de intervenção” (GUERRA, 2005, p.24). Quanto à segunda tendência, a autora denomina de “camisa de força”
(id. ibid, p.24), esclarecendo que alguns profissionais pautam sua prática numa teoria que “(...) aparece como expressão mais formalizada e
completa da realidade. (...). O valor da teoria, neste caso, consiste em construir um quadro explicativo do objeto que contemple um conjunto
de técnicas e instrumentos de valor operacional” (Id, ibid, p.24). A terceira tendência é assumida pelos profissionais que se aproximam da
realidade utilizando o recurso das teorias, bem como fundamentam sua prática através das teorias. Apesar de considerar a terceira tendência
a mais coerente, a autora afirma que existem dificuldades, uma vez que esta tendência “(...) também reclama a ausência de indicativos teórico-
práticos que possibilitem romper com o ranço conservador.
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