“Imaginar que a saúde pode esperar no dia-a-dia...” (L.73) ...
Assinale a alternativa em que a expressão grifada também deveria ser grafada com hífen.
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Ex: O dia-a-dia no trabalho é prazeroso.
"Dia a dia" (sem hífen) é uma locução adverbial. Por essa razão, não recebe hifens. Tem sentido de "dia após dia". E, não vem acompanhado de um artigo.
Ex: Ela engordava dia a dia. (Ela engordava dia após dia.).
Portanto, entende-se que só receberá hifens se for SUBSTANTIVO.
Como o "dia-a-dia" do trecho equivale a um substantivo, a única alternativa que apresenta o mesmo valor semântico é a B. Observe que "passo a passo" é acompanhado de um artigo, portanto, receberá hifens.
Então, o correto seria:
Encontramos o passo-a-passo para montar o equipamento.
Dia-a-dia ou dia a dia? Como fica a expressão no novo acordo:
O brasileiro gosta de falar da sua rotina, do seu trabalho, do seu dia a dia (ou dia-a-dia?). Se fosse antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o certo seria grafar a expressão com hífen. Mas, pela nova regra, o hífen não é mais exigido nas palavras compostas que têm entre os termos um elemento de ligação (preposição, artigo ou pronome).
Ex.:
Gosto de trabalhar, mas o dia a dia daquela empresa me mata!
Assim como a expressão “dia a dia”, muitas outras expressões já tradicionais na língua portuguesa perderam o hífen. Confira:
corpo a corpo (substantivo e advérbio), passo a passo (substantivo e advérbio), arco e flecha, general de divisão, lua de mel, pé de moleque, ponto e vírgula, não me toques (melindres), um disse me disse, um deus nos acuda, um(a) maria vai com as outras, um pega pra capar, carne de sol, dor de cotovelo, pau de sebo, (um) faz de conta, queda de braço, (forró/trio) pé de serra, fim de semana, bicho de sete cabeças, mão de obra, quarta de final e dia a dia (substantivo e advérbio).
Atenção às exceções! Sempre elas… =/
1) água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia (as economias de uma pessoa), ao deus-dará e à queima-roupa;
2) os nomes de espécies botânicas e zoológicas, como andorinha-do-mar, bem-te-vi, cana-de-açúcar, coco-da-baía, dente-de-leão, feijão-carioca, feijão-verde, joão-de-barro, limão-taiti e mamão-havaí;
3) os adjetivos pátrios derivados de topônimos compostos, como cruzeirense-do-sul, florentino-do-piauí e mato-grossense-do-sul.
Observação importante da nossa colega Coelhinha 171.
O Novo Acordo Ortográfico trouxe, sim, mudanças quanto ao uso de hifens.
Porém, é importante lembrar que, somente a partir de 1 de janeiro de 2013 é que a grafia correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo. Até lá, tanto a grafia anterior quanto a nova serão aceitas oficialmente.
Para as provas, devemos nos atentar ao enunciado da questão: caso faça menção ao Novo Acordo, aí sim deve-se responder de acordo com as novas regras. Mas, se não estiver pedindo a resposta de acordo com as novas regras, devemos responder de acordo com o Acordo Ortográfico usual.
Segundo a regra antiga, as locuções adverbiais de modo compostas com duas palavras repetidas não são hifenizadas. Exemplos: corpo a corpo, dia a dia, face a face, passo a passo.
Porém, quando uma locução adverbial é substantivada, usa-se o hífen para mostrar a aderência semântica, indicando que é possível trocá-la por um outro substantivo similar.
- Sem hífen, locução adverbial:
Sua saúde está melhorando dia a dia.
Os candidatos lutaram corpo a corpo nas eleições.
- Com hífen, locução adverbial substantivada:
O meu dia-a-dia é muito agitado. (=cotidiano)
O corpo-a-corpo dos candidatos foi acirrado nas últimas eleições. (=confronto)
http://umportugues.com/dia-a-dia
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