Durante pelo menos meio século tem-se aceito que o teatro é ...
Durante pelo menos meio século tem-se aceito que o teatro é uma unidade na qual todos os elementos deveriam tentar fundir-se. Com este fim surgiu o diretor. Mas no fundo tem sido principalmente uma questão de unidade externa. Uma fusão de estilos um tanto superficial para que estilos contraditórios não ser choquem. Se levarmos em conta como a unidade interna de um trabalho complexo pode verdadeiramente ser expressa, podemos achar exatamente o oposto: que o choque de externos é essencial.
BROOK,1970 apud FICHER, 2010, p. 158.
Dialogando com Peter Brook, Stela Fischer, em seu livro Processo colaborativo e experiências de companhias teatrais brasileiras (2010), dá especial atenção à figura do diretor/encenador, destacando que, ao invés de desaparecer, a figura do diretor, bem como sua função, são reafirmados e validados.
Em alguns processos colaborativos de encenação teatral, a figura do diretor/encenador é favorável ao sucesso do projeto porque
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Para resolver a questão, precisamos compreender o papel do diretor/encenador em processos colaborativos teatrais. Este tema é importante, pois envolve a relação entre os diferentes elementos criativos no teatro, como atores, dramaturgos e produtores.
No teatro, especialmente em contextos colaborativos, o diretor não é apenas um chefe que impõe sua visão, mas um facilitador do processo criativo. Ele trabalha em conjunto com os outros membros da equipe para criar uma obra coesa e rica.
A alternativa correta é a C - divide a função criadora com atores e dramaturgo durante todo o percurso. Essa resposta é acertada, pois em muitos processos teatrais modernos, o diretor atua mais como um colaborador, que integra as ideias e contribuições dos outros artistas, promovendo uma criação conjunta e dinâmica. Esse modelo de trabalho é descrito por Stela Fischer ao discutir o papel contemporâneo do diretor, destacando como ele se alinha com as práticas teatrais colaborativas.
Analisando as alternativas incorretas:
A - possibilita uma participação conjuntiva entre direção e produção: Esta alternativa foca em uma relação mais voltada para a logística e organização, enquanto a questão central é o processo criativo e colaborativo.
B - tem função agregadora e é indispensável à manutenção da hierarquia: Aqui, a ênfase na hierarquia vai de encontro ao ideal colaborativo, onde as estruturas rígidas são frequentemente flexibilizadas para favorecer a contribuição de todos.
D - coordena os limites entre o desejável e o possível em relação ao evento cênico: Esta alternativa está mais relacionada ao gerenciamento dos aspectos práticos da produção, mas não aborda diretamente a colaboração criativa que a questão destaca.
A questão exige que o candidato compreenda que o teatro moderno se beneficia de um processo mais aberto e colaborativo, com o diretor atuando como um mediador criativo. Esse entendimento se baseia em teorias contemporâneas de direção teatral, como as discutidas por Peter Brook e Stela Fischer.
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