Dunker e Kyrillos, ao analisarem a reforma psiquiátrica na ...
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A alternativa correta é a D: "afirmam que a clínica é uma das formas de apontar o antagonismo social". Vamos entender por que essa é a resposta certa e analisar as outras alternativas.
Tema da Questão: A questão aborda o impacto das reformas psiquiátricas na Itália e no Brasil, analisadas por Dunker e Kyrillos, focando em como a ideologia e a política influenciam o tratamento de pacientes com transtornos mentais. É importante compreender o contexto das reformas psiquiátricas, que visam diminuir a exclusão social dos portadores de transtornos mentais e buscar métodos de tratamento mais humanizados e eficientes.
Justificativa da Alternativa Correta (D): A clínica é vista como um espaço onde as tensões e contradições sociais podem ser evidenciadas e discutidas. Nesse sentido, Dunker e Kyrillos sugerem que a prática clínica não se limita apenas ao tratamento individual, mas também serve como um reflexo das desigualdades e conflitos presentes na sociedade, apontando para a necessidade de mudanças mais amplas.
Análise das Alternativas Incorretas:
A: A cura pela reinclusão no sistema produtivo ou assistencialista não é a proposta central de Dunker e Kyrillos. Essa visão simplista não capta a complexidade do tratamento de transtornos mentais, que envolve mais do que apenas reintegrar os indivíduos a sistemas sociais ou econômicos.
B: A afirmação de que clínicas psiquiátricas, psicanalíticas ou psicológicas integram o modelo manicomial e se tornam inviáveis para o tratamento da psicose é uma interpretação errônea. As clínicas podem desempenhar um papel vital no tratamento, dependendo de como são estruturadas e da abordagem terapêutica utilizada.
C: A subjetivação pelo trabalho como tratamento para a psicose não é uma ideia sustentada por Dunker e Kyrillos. Embora o trabalho possa ser um componente de reabilitação e inclusão social, não é apresentado como um tratamento exclusivo ou eficaz para a psicose.
E: Embora as conferências de saúde mental possam ter contribuído para avanços técnicos e de formação, a questão central abordada pelos autores é mais sobre o discurso ideológico e como ele influencia práticas de tratamento, em vez de focar apenas nos aspectos técnicos ou educacionais.
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É no quadro desse deslocamento discursivo que se torna compreensível a oposição entre uma estratégia política e uma retórica clínica. A clínica, psiquiátrica, psicanalítica ou psicológica, torna-se identificada a um aspecto do antimodelo manicomial por- que ela supõe, em tese, uma outra forma de articulação da demanda: individual, subjetiva, idiossincrática, articulação que deve ser posta em oposição à articulação política, cujos atributos teriam sinais contrários. Nessa operação, a clínica torna-se excluída da política. O saber neutro, tecnocrático, apolítico e científico, pelo qual historicamente a ordem médica se apropriou da loucura (Foucault, 1988), é tomado, retoricamente, por seu valor de face, como se de fato ele devesse ser tratado pelo modo como se representa e não como um projeto de política de subjetivação criticável. Um efeito dessa exclusão, presente na estratégia de constituir um novo discurso hegemônico em saúde mental, é também o de tornar homogêneo e criticável todo projeto que possa ser reconhecido como clínico.
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Gente, simplificando a leitura deste artigo, nele, há o debate acerca da contraditoriedade imposta pela construção social da liberdade nas ações realizadas dentro da desistitucionalização, que asseguram o direito a liberdade e autonomia do usuário, mas, em contrapartida, somos nós quem ditamos para eles a que liberdade nos referimos.
Nesse contexto, passou-se a enxergar a clínica, a prática clínica, como inimiga do processo, independentemente das intenções que esta tenha e a importância histórica que os conceitos deste saber tenha fornecido para as práticas atuais. Ou seja, a clínica é uma forma de explicitar os caminhos contrários (antagonismo social) que nós temos efetivado através da imposição de práticas "livres" e "autônomas".
Gab D
Passou-se a enxergar a clínica, a prática clínica, como inimiga do processo, independentemente das intenções que esta tenha e a importância histórica que os conceitos deste saber tenha fornecido para as práticas atuais. Ou seja, a clínica é uma forma de explicitar os caminhos contrários (antagonismo social) que nós temos efetivado através da imposição de práticas "livres" e "autônomas".
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