No ponto de vista assumido pelo autor do texto, a preocupaç...
Texto ( Para responder à questão)
Os clássicos estão morrendo?
Catástrofe espiritual. Foi assim que Cornel West, um dos mais destacados intelectuais negros dos EUA, classificou a decisão da Universidade Howard, talvez a mais importante instituição de ensino negra do país, de fechar seu departamento de estudos clássicos.
West, que escreveu um contundente artigo de opinião para o Washington Post, afirma que a noção de crimes do Ocidente se tornou tão central na cultura americana que ficou difícil reconhecer as coisas boas que o Ocidente proporcionou, notadamente os clássicos, que são clássicos justamente porque permitem uma conversação universal, abarcando pensadores de diferentes eras e povos.
Diretores de Howard responderam, no New York Times. Dizem que, ao contrário de universidades brancas de elite, a instituição não tem dinheiro para tudo e teve de estabelecer prioridades. Afirmam que os alunos de Howard não ficarão sem ler Platão, Aristóteles e outros clássicos, apenas que não haverá mais um departamento exclusivo dedicado a esses pensadores.
Os clássicos estão morrendo? Morrer, eles não morrerão. Haverá sempre, nas universidades e fora delas, uma legião de estudiosos que garantirão que nosso conhecimento sobre esses autores não só não regredirá como avançará. Eu receio, porém, que o chamado cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo de especialistas e menos um corpo de referências que todos os cidadãos educados reconheçam.
Isso é ruim, porque, assim como a concordância acerca do que são fatos é fundamental para a ciência e a democracia, um universo de noções comuns em que as pessoas possam se apoiar para dialogar, trocar ideias e identificar-se é vital para a constituição de uma sociedade. E é preferível que esse universo seja povoado por autores densos, que comportem interpretações complexas e que resistiram ao teste do tempo a que seja determinado pelos modismos simplificadores das guerras culturais.
Hélio Scwartsman
(Folha de S. Paulo, 04 de maio de 2021)
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GABARITO: letra B
"Eu receio, porém, que o chamado cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo de especialistas e menos um corpo de referências que todos os cidadãos educados reconheçam."
4° Paragrafo:
Os clássicos estão morrendo? Morrer, eles não morrerão. Haverá sempre, nas universidades e fora delas, uma legião de estudiosos que garantirão que nosso conhecimento sobre esses autores não só não regredirá como avançará. Eu receio, porém, que o chamado cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo de especialistas e menos um corpo de referências que todos os cidadãos educados reconheçam.
Pg insta: vocepolicial_
4K RESOLVE
A questão quer saber qual o ponto de vista assumido pelo autor do texto, sobre a preocupação em relação aos clássicos. Vejamos:
Parágrafo quarto: "Os clássicos estão morrendo? Morrer, eles não morrerão. Haverá sempre, nas universidades e fora delas, uma legião de estudiosos que garantirão que nosso conhecimento sobre esses autores não só não regredirá como avançará. Eu receio, porém, que o chamado cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo de especialistas e menos um corpo de referências que todos os cidadãos educados reconheçam."
O autor menciona que tem receio de o "cânon ocidental" virar objeto de estudo de especialistas. Entretanto, o que seria "cânon ocidental" ? É chamado assim uma das maiores obras literárias do ocidente. Portanto, tem medo desse evento virar objeto somente de especialistas. Somente a assertiva "B" nos traz a resposta correta.
Gabarito do monitor: B
GABARITO B
Eu receio, porém, que o chamado cânon ocidental será cada vez mais objeto de estudo de especialistas e menos um corpo de referências que todos os cidadãos educados reconheçam.
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