Com base na discussão apresentada por Santos (2012) na obra ...
O estudo da categoria “modo de produção capitalista” é suficiente e necessário para compreender a complexidade da questão social.
Claro que não. É necessário compreender a particularidade histórica de cada contexto social.
@resumosdoseso
Tomando essa indicação e observando o debate teórico acerca da “questão social”, sob o ângulo do marxismo, vê-se que o marco referencial é dado apenas por categorias do modo de produção (capital e trabalho). Isso coloca o debate num nível genérico evidenciando o desafio de ultrapassá-lo apanhando as mediações sócio-históricas próprias ao nível da formação social, para além das suas determinações em termos do modo de produção capitalista – como o são as categorias centrais do debate já instaurado sobre a “questão social”. Dizendo de outro modo: para explicar a “questão social” no Brasil não basta identificar as categorias centrais ao modo de produção capitalista, que compõem o nível da universalidade; há que acrescentar a esse nível a singularidade dos componentes desta sociedade enquanto formação social concreta, para que se tenha condições de dimensionar suas particularidades enquanto mediações centrais das expressões da “questão social” (p. 128-129)