A cardite reumática traz aos pacientes alta morbimortalidade...

A alternativa correta é a C. Vamos entender o porquê.

A questão aborda a cardite reumática, uma importante complicação da febre reumática que pode levar a altas taxas de morbimortalidade. O objetivo é testar o conhecimento sobre os critérios diagnósticos, manifestações clínicas e métodos de avaliação dessa condição.

Alternativa C: A afirmação está correta. Na cardite reumática, a evolução para insuficiência cardíaca pode ocorrer em casos graves, especialmente quando há acometimento valvar. As válvulas cardíacas, principalmente a mitral e a aórtica, são frequentemente afetadas, levando a disfunções que podem resultar em insuficiência cardíaca.

Alternativa A: Está incorreta. Os critérios de Jones para diagnóstico de febre reumática incluem cardite, mas coreia é um critério maior, enquanto artralgia é um critério menor. Portanto, a afirmação está errada ao listar artralgia como um critério maior.

Alternativa B: Errada. Na cardite reumática, há elevação nos níveis séricos de proteínas de fase aguda, como α1 glicoproteína ácida e α2 globulina. Esses marcadores aumentam em resposta à inflamação.

Alternativa D: Embora o aumento do intervalo PR seja um achado comum no eletrocardiograma de pacientes com cardite reumática, ele não é utilizado para monitorar a atividade da doença. Outros métodos, como ecocardiogramas, são mais indicados para esse fim.

Alternativa E: Incorreta. O ecocardiograma transtorácico, na verdade, é uma ferramenta valiosa para detectar cardite subclínica, sendo bastante específico e sensível para esse diagnóstico.

Espero que esta explicação tenha ajudado a entender melhor os conceitos envolvidos na questão sobre cardite reumática. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

alternativa correta: C - A evolução da cardite para insuficiência cardíaca pode acontecer nos casos graves e está geralmente acompanhada de acometimento valvar.

justificativa

A cardite reumática é uma das manifestações clínicas mais graves da febre reumática e pode evoluir para insuficiência cardíaca em casos mais graves, especialmente quando há envolvimento das válvulas cardíacas (valvulite reumática). A cardite pode resultar em comprometimento das válvulas mitral e aórtica, podendo levar à insuficiência cardíaca, especialmente se a valvulopatia reumática for extensa e não tratada adequadamente.

Portanto, a alternativa C é correta, pois destaca que a evolução da cardite para insuficiência cardíaca é comum em casos graves, geralmente associada ao comprometimento valvar, especialmente das válvulas mitral e aórtica.

análise das demais alternativas

[A]: Cardite, coreia e artralgia são alguns dos critérios maiores de Jones - incorreta. A coreia (movimentos involuntários), artralgia (dor articular) e cardite são, de fato, manifestações da febre reumática, mas apenas a cardite faz parte dos critérios maiores de Jones. A coreia e a artralgia são critérios menores, e não maiores.

[B]: Os níveis séricos de α1 glicoproteína ácida e α2 globulina estão normais na cardite reumática - incorreta. Na febre reumática, incluindo a cardite, há um aumento dos níveis de proteínas inflamatórias como a α1 glicoproteína ácida e a α2 globulina, que são marcadores de inflamação, especialmente em doenças autoimunes ou inflamatórias, como a febre reumática.

[D]: O aumento do intervalo PR é um achado eletrocardiográfico comum e é utilizado para monitorar a atividade da doença - incorreta. O aumento do intervalo PR pode ocorrer em cardite reumática devido ao bloqueio atrioventricular causado pela inflamação, mas não é utilizado especificamente para monitorar a atividade da doença. O aumento do intervalo PR é mais um reflexo do comprometimento cardíaco, não um marcador de atividade inflamatória.

[E]: O ecocardiograma transtorácico não tem especificidade suficiente para detectar a cardite subclínica - incorreta. O ecocardiograma transtorácico é uma ferramenta útil para detectar cardite subclínica, especialmente em pacientes com sintomas leves ou sem sinais evidentes de comprometimento cardíaco. Ele pode detectar alterações como disfunção valvar ou perda da função valvar, típicas da cardite reumática, mesmo antes de sintomas evidentes.

resumo

A cardite reumática pode evoluir para insuficiência cardíaca em casos graves, com comprometimento valvar, especialmente das válvulas mitral e aórtica.

pontos chave

• A cardite reumática pode evoluir para insuficiência cardíaca quando há comprometimento valvar grave.

• Ecocardiograma pode detectar alterações valvares, mesmo na cardite subclínica.

• Aumento do intervalo PR pode ser encontrado, mas não é utilizado para monitorar a atividade da doença.