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Q2249704 Filosofia
     Há duas espécies de excelência: a intelectual e a moral. Em grande parte, a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu desenvolvimento à instrução. Quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito, razão pela qual seu nome é derivado, com uma ligeira variação, da palavra hábito.

Aristóteles. Ética a Nicômaco (com adaptações).

       É suprema e superior às subsidiárias a ciência que sabe com que fim cada ação deve se realizar, fim que é o Bem em cada caso particular e, em geral, o Bem supremo de toda a natureza.

Aristóteles. Metafísica
Considerando os textos acima e a filosofia do período clássico, julgue o item a seguir.

Para Aristóteles, a causa final também é hábito, pois se dirige para um fim.

Alternativas

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A alternativa correta é E - errado.

Vamos entender o porquê com uma explicação detalhada.

Aristóteles, em sua obra, faz uma distinção clara entre excelência intelectual e excelência moral. A excelência intelectual, segundo ele, é obtida principalmente através da instrução e do aprendizado, enquanto a excelência moral é adquirida pelo hábito. Isso é fundamental em sua ética, pois Aristóteles acredita que nos tornamos virtuosos ao praticar atos virtuosos repetidamente, até que se tornem habituais.

Por outro lado, a causa final em Aristóteles refere-se ao propósito ou fim último das coisas, ou seja, o objetivo para o qual algo é feito. No contexto da filosofia aristotélica, a causa final não é um hábito, mas sim um princípio teleológico – é a finalidade que dá sentido às ações e existe como um conceito separado do hábito.

No contexto da questão, a afirmação sugere que a causa final se dirige a um fim e, portanto, é similar ao hábito. Isso está incorreto na filosofia de Aristóteles, uma vez que ele não equipara a causa final ao hábito. É preciso lembrar que, para Aristóteles, o hábito é um meio de alcançar a excelência moral, enquanto a causa final é um conceito mais amplo, relacionado ao propósito de todas as coisas.

Portanto, a afirmação está errada porque confunde dois conceitos distintos na filosofia aristotélica: hábito e causa final.

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