Tendo em vista o texto acima e a filosofia de Hegel, julgue ...

Gabarito: C - Certo

A questão está correta ao afirmar que na filosofia de Hegel, especificamente em sua obra Fenomenologia do Espírito, a relação entre senhor e escravo é caracterizada por uma interação dialética. Vamos entender melhor essa relação e o porquê dessa afirmação ser correta.

No sistema hegeliano, a consciência-de-si é uma estrutura que precisa do reconhecimento de outra consciência para existir plenamente. Ou seja, um indivíduo só se percebe como um "eu" quando reconhecido por um "outro". Nesta dialética, a consciência passa por um processo de confronto com outra consciência, resultando em uma dinâmica de poder.

O conceito de senhor e escravo é uma metáfora para explicar essa interação. O senhor é a consciência que busca ser independente e reconhecida, enquanto o escravo é a consciência que é dependente, buscando sua essência na vida e no reconhecimento do senhor.

Segundo Hegel, esta relação é dialética porque envolve um processo recíproco de reconhecimento. Para que o senhor seja realmente senhor, ele precisa que o escravo o reconheça como tal. Assim, o senhor depende do reconhecimento do escravo, tornando essa relação paradoxalmente interdependente.

Portanto, a alternativa está correta ao afirmar que, mesmo submetendo o escravo, o senhor necessita do reconhecimento deste para sua identidade e existência. É um ciclo de reconhecimento que ilustra a interdependência de consciências.

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Certo.

Na filosofia de Hegel, na “dialética do senhor e do escravo” (ou “mestre e servo”), há uma relação de interdependência entre os dois. O senhor domina o escravo, mas, ao mesmo tempo, necessita que o escravo o reconheça como senhor, pois a consciência-de-si do senhor depende do reconhecimento do outro (neste caso, o escravo).

Essa relação evidencia a dialética da dependência: o senhor parece independente, mas, na verdade, é dependente do reconhecimento do escravo para afirmar sua identidade como senhor. Assim, o texto está correto em afirmar que o reconhecimento do escravo é essencial para a relação dialética.