Tendo em vista o texto acima e a filosofia de Hegel, julgue ...
Considerando o Espírito Absoluto e o momento em que se atinge o saber absoluto, ainda segundo a filosofia hegeliana, pode-se então falar no “fim da história”.
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A alternativa C - certo - é a correta. Vamos entender o porquê.
O texto apresentado é uma passagem clássica da obra Fenomenologia do Espírito de Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Nessa obra, Hegel explora a evolução da consciência-de-si, que se torna plena através do reconhecimento por uma outra consciência, num processo dialético que ele descreve como a relação entre o senhor e o escravo.
Na filosofia de Hegel, a história é o desenvolvimento progressivo do Espírito Absoluto, que se manifesta através das transformações da consciência individual e coletiva ao longo do tempo. O ponto culminante desse processo é o saber absoluto. Quando o Espírito atinge essa etapa, ele alcança uma síntese final da consciência e da realidade, uma reconciliação entre sujeito e objeto, onde não há mais necessidade de evolução dialética. É esse estado que Hegel descreve como o "fim da história".
Portanto, a afirmativa sobre o fim da história ao atingir o saber absoluto está correta dentro do contexto da filosofia hegeliana. Hegel acredita que, ao se atingir essa etapa, não há mais contradições fundamentais a serem resolvidas, encerrando o processo dialético histórico.
Se a alternativa fosse E - errado, estaria negando essa interpretação do fim da história, o que não corresponde à visão hegeliana apresentada no texto. Logo, a alternativa C é a única que está de acordo com as ideias de Hegel descritas na questão.
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Comentários
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Certo.
Na filosofia de Hegel, o conceito de Espírito Absoluto representa o ponto culminante do processo dialético da história. Quando se atinge o saber absoluto, há a reconciliação completa entre o espírito subjetivo, o espírito objetivo e o espírito absoluto, ou seja, o momento em que o espírito (a razão universal) se torna plenamente consciente de si mesmo.
Esse momento pode ser interpretado como o “fim da história”, não no sentido de que eventos históricos cessam, mas no sentido de que a história, enquanto processo de realização da liberdade e da autoconsciência, alcança sua finalidade (telos). Para Hegel, a história é um processo teleológico em que o espírito se desenvolve e se manifesta por meio da cultura, da arte, da religião e da filosofia, e no saber absoluto, esse processo atinge sua plenitude.
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