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Q2249708 Filosofia
            A consciência-de-si é em si e para si quando e porque é em si e para uma Outra, quer dizer, só é como algo reconhecido.
          O Outro é também uma consciência-de-si; um indivíduo se confronta com outro indivíduo.
         Mediante essa experiência (...) se põem uma pura consciência-de-si e uma consciência que não é puramente para si, mas um outro (...). São essências ambos os momentos; porém, como de início são desiguais e opostos, e ainda não resultou sua reflexão na unidade, assim os dois momentos são como duas figuras opostas da consciência: uma, a consciência independente, para a qual o ser-para-si é a essência; outra, a consciência dependente, para a qual a essência é a vida, ou o ser para um Outro. Uma é o senhor, outra é o escravo.

G. W. F Hegel. Fenomenologia do espírito
Tendo em vista o texto acima e a filosofia de Hegel, julgue o item que se segue.

Considerando o Espírito Absoluto e o momento em que se atinge o saber absoluto, ainda segundo a filosofia hegeliana, pode-se então falar no “fim da história”. 

Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa C - certo - é a correta. Vamos entender o porquê.

O texto apresentado é uma passagem clássica da obra Fenomenologia do Espírito de Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Nessa obra, Hegel explora a evolução da consciência-de-si, que se torna plena através do reconhecimento por uma outra consciência, num processo dialético que ele descreve como a relação entre o senhor e o escravo.

Na filosofia de Hegel, a história é o desenvolvimento progressivo do Espírito Absoluto, que se manifesta através das transformações da consciência individual e coletiva ao longo do tempo. O ponto culminante desse processo é o saber absoluto. Quando o Espírito atinge essa etapa, ele alcança uma síntese final da consciência e da realidade, uma reconciliação entre sujeito e objeto, onde não há mais necessidade de evolução dialética. É esse estado que Hegel descreve como o "fim da história".

Portanto, a afirmativa sobre o fim da história ao atingir o saber absoluto está correta dentro do contexto da filosofia hegeliana. Hegel acredita que, ao se atingir essa etapa, não há mais contradições fundamentais a serem resolvidas, encerrando o processo dialético histórico.

Se a alternativa fosse E - errado, estaria negando essa interpretação do fim da história, o que não corresponde à visão hegeliana apresentada no texto. Logo, a alternativa C é a única que está de acordo com as ideias de Hegel descritas na questão.

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Comentários

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Certo.

Na filosofia de Hegel, o conceito de Espírito Absoluto representa o ponto culminante do processo dialético da história. Quando se atinge o saber absoluto, há a reconciliação completa entre o espírito subjetivo, o espírito objetivo e o espírito absoluto, ou seja, o momento em que o espírito (a razão universal) se torna plenamente consciente de si mesmo.

Esse momento pode ser interpretado como o “fim da história”, não no sentido de que eventos históricos cessam, mas no sentido de que a história, enquanto processo de realização da liberdade e da autoconsciência, alcança sua finalidade (telos). Para Hegel, a história é um processo teleológico em que o espírito se desenvolve e se manifesta por meio da cultura, da arte, da religião e da filosofia, e no saber absoluto, esse processo atinge sua plenitude.

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