Em um estudo de 2023, pesquisadores defenderam que, embora ...
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Ano: 2024
Banca:
Instituto Access
Órgão:
Prefeitura de Santa Teresa - ES
Prova:
Instituto Access - 2024 - Prefeitura de Santa Teresa - ES - Pedagogo (MAPP) |
Q3118856
Português
Texto associado
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Café: mocinho ou vilão?
A cafeína é a droga psicoativa mais popular do mundo.
Os seres humanos tomam café − uma fonte natural de
cafeína − há séculos, mas, nas últimas décadas, têm
surgido orientações contraditórias sobre os seus efeitos
para a saúde humana.
"Tradicionalmente, o café é considerado algo ruim",
segundo o professor de epidemiologia do câncer Marc
Gunter, do Imperial College de Londres. Ele já chefiou o
departamento de nutrição e metabolismo da Agência
Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na
sigla em inglês).
"Pesquisas dos anos 1980 e 1990 concluíram que as
pessoas que tomam café apresentam maior risco de
doenças cardiovasculares", explica o professor, "mas os
estudos evoluíram desde então."
Na última década, foram realizados novos estudos de
base populacional, em escala maior. Com isso, Gunter
afirma que os cientistas dispõem, agora, de dados de
centenas de milhares de consumidores de café.
O que nos contam essas pesquisas? O consumo de café
oferece riscos ou benefícios à saúde?
O café é associado ao aumento do risco de câncer por
conter acrilamida, uma substância carcinogênica
encontrada em alimentos como torradas, bolos e batatas
fritas. Mas a IARC concluiu, em 2016, que o café não é
carcinogênico (que causa câncer), a menos que seja
bebido muito quente − acima de 65 °C.
Em um estudo de 2023, pesquisadores defenderam que,
embora o café seja uma das principais fontes de
acrilamida na nossa alimentação, ainda não existe uma
base forte e conclusiva de evidências demonstrando sua
relação com o risco de desenvolvimento de câncer.
Outras pesquisas também concluíram que o café, na
verdade, tem efeito protetor. Estudos demonstraram, por
exemplo, associação entre o consumo de café e menor
risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer
entre os pacientes.
Em 2017, Gunter publicou os resultados de um estudo
que analisou os hábitos de consumo de café de meio
milhão de pessoas em toda a Europa, por um período de
16 anos. As pessoas que bebiam mais café
apresentaram menor risco de morrer de doenças
cardíacas, AVC e câncer.
Estas conclusões são coerentes com pesquisas
realizadas em outras partes do mundo, incluindo os
Estados Unidos, e as pesquisas mais recentes
conduzidas no Reino Unido.
Gunter explica que existe consenso suficiente entre os
estudos observacionais para confirmar que as pessoas
que tomam até quatro xícaras de café por dia sofrem de
menos doenças que aquelas que não consomem a
bebida.
E os possíveis benefícios do café podem ser ainda
maiores.
No estudo de Gunter, as pessoas que tomavam café
apresentaram maior propensão a fumar e manter
alimentação menos saudável do que as demais.
Esta é uma indicação de que, se o café realmente
reduzir o risco de doenças cardíacas e câncer, talvez ele
seja mais poderoso do que pensamos. Afinal, seus
efeitos compensariam os hábitos não saudáveis dos
seus consumidores.
Estes mesmos benefícios são observados com o café
descafeinado, que contém quantidades de oxidantes
similares ao café normal, segundo as pesquisas.
Gunter não encontrou, nos seus estudos, nenhuma
diferença entre a saúde das pessoas que consomem
café tradicional e descafeinado. Isso o levou a concluir
que os benefícios associados ao café se devem a outra
substância, não à cafeína.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5ype30g24ro.adaptado.
Em um estudo de 2023, pesquisadores defenderam que,
embora o café seja uma das principais fontes de
acrilamida na nossa alimentação, ainda não existe uma
base forte e conclusiva de evidências demonstrando sua
relação com o risco de desenvolvimento de câncer.
Assinale a alternativa correta quanto ao número de preposições simples e aglutinadas presentes na frase. (Considere as repetidas.)
Assinale a alternativa correta quanto ao número de preposições simples e aglutinadas presentes na frase. (Considere as repetidas.)