No que se refere ao uso da crase, analise os itens a seguir ...
O rápido aumento das viagens para o exterior, impulsionado por tarifas aéreas baratas e férias anuais mais longas, estimulou o apetite pelo exótico. Em Bonn, Toronto e outras 50 cidades ocidentais, o número de restaurantes finos cresceu – na França e na Itália já havia vários. O banqueiro e a mulher, o advogado e a família, a diretora da escola e o marido, bem como todas as pessoas do mesmo estrato social, que na década de 1930 entravam em restaurantes somente para festas de casamento, passaram a sair para comer fora com estilo. Os almoços de negócios tornavam-se mais frequentes e mais longos. A moda de comer fora se popularizou graças à prosperidade crescente e às famílias menores, auxiliada também pelo enfraquecimento dos movimentos pela austeridade e abstinência, vigorosos até mesmo durante a década de 1930 em países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e alguns outros. No ápice pela cruzada pela moderação, grupos de protestantes evitavam entrar em restaurantes ou hotéis que servissem refeições, para não verem sobre a mesa a imagem da tentação em forma de uma garrafa de vinho alemão ou francês. No fim do século, essa mudança profunda na maneira de as pessoas cozinharem e comerem, bem como em outros aspectos do dia a dia, encontrava-se em estágio avançado. No início do século, a cozinha era o centro de uma casa típica. Farinha, açúcar e alimentos básicos ficavam guardados em latas e tigelas, e das vigas pendiam réstias de cebola, ervas e carne defumada. Em fogões a lenha ou a carvão, praticamente todas as refeições eram preparadas e também se fervia a água para beber e lavar roupas. Grande parte da vida das mulheres se passava na cozinha, onde preparavam comida e faziam inúmeras outras tarefas. Em 2001, esse modo de vida tornava-se raro na Europa e em boa parte das Américas. A comida pronta, enlatada e congelada tomava conta das despensas. Fogões a gás ou elétricos e fornos de micro-ondas substituíam os antigos fogões e os estoques de carvão ou lenha. Foram mudanças extraordinárias, ocorridas rapidamente e experimentadas por cerca de metade dos lares em todo o mundo. (BLEINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento, 2011, p. 237).
No que se refere ao uso da crase, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I - O dinheiro foi entregue à ele.
II - Ele foi perdoado à partir do momento que pediu desculpas.
III – Refiro-me às pessoas de boa índole.
Gabarito comentado
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O tema central da questão é o uso correto da crase, que é um fenômeno da língua portuguesa usado para indicar a fusão de duas vogais idênticas, um artigo definido "a" com uma preposição "a". Para resolver essa questão, é necessário conhecimento das regras de crase, que incluem saber quando ela é obrigatória, facultativa ou proibida.
A alternativa correta é a C - Apenas o item III é verdadeiro.
Justificativa:
Item I: "O dinheiro foi entregue à ele."
Não se usa crase antes de pronomes pessoais, como "ele". A frase correta seria "O dinheiro foi entregue a ele".
Item II: "Ele foi perdoado à partir do momento que pediu desculpas."
Não se usa crase antes de verbos, como "partir". A frase correta seria "Ele foi perdoado a partir do momento que pediu desculpas".
Item III: "Refiro-me às pessoas de boa índole."
Neste caso, a crase é usada corretamente. O verbo "referir-se" exige a preposição "a", e "pessoas" é um substantivo feminino que admite o artigo "as". Assim, temos a fusão de "a" + "as", formando "às".
Portanto, somente o Item III está correto em relação ao uso da crase.
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Comentários
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I Ele é masculino, não pode crase.
II infinitivo
III Refere a alguém a+a= crase!!!
A alternativa correta é:
C. Apenas o item III é verdadeiro.
Explicação:
I. "O dinheiro foi entregue a ele" - Não se usa crase antes de pronomes pessoais (errado).
II. "Ele foi perdoado a partir do momento que pediu desculpas" - Não se usa crase antes de locuções prepositivas iniciadas com "a" (errado).
III. "Refiro-me às pessoas de boa índole" - Uso correto da crase na preposição "a" mais o artigo "as" (correto).
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