A sensitização de aços inoxidáveis austeníticos é um process...

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Q1090930 Engenharia Mecânica
A sensitização de aços inoxidáveis austeníticos é um processo de corrosão eletroquímica associada à(ao)
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A sensitização está relacionada com a corrosão intergranular, devido ao aumento de temperatura de material em um determinado tempo .Com isso, eliminamos a alternativas B,C,E visto que estão relacionados com a corrosão intragranular

a sensitização está relacionada com o pobrecimento de materias que viriam a protege-lo. logo, a alternativa D é a correta.

A sensitização dos aços inoxidáveis austeníticos é um fenômeno que ocorre quando o material é exposto a temperaturas entre 450°C e 850°C durante processos como soldagem, recozimento ou operação em altas temperaturas. Nesse intervalo de temperatura, ocorre a precipitação de carbonetos de cromo (Cr23C6) nos contornos de grão da microestrutura austenítica, o que reduz a resistência à corrosão.

  1. Precipitação de carbonetos de cromo:
  • Quando o aço inoxidável está na faixa crítica de temperatura, o carbono presente na liga reage com o cromo para formar carbonetos de cromo (Cr23C6).
  • Esses carbonetos precipitam nos contornos de grão, onde o carbono é mais móvel.
  1. Empobrecimento local de cromo:
  • O cromo utilizado na formação dos carbonetos é retirado das regiões próximas aos contornos de grão.
  • Para manter a resistência à corrosão, o aço inoxidável precisa de no mínimo 10,5% de cromo na matriz.
  • A redução do teor de cromo ao redor dos contornos de grão cria áreas suscetíveis à corrosão, chamadas de zonas empobrecidas de cromo.
  1. Perda da passivação:
  • Nas zonas empobrecidas, a camada passiva de óxido de cromo não pode se formar adequadamente, tornando essas áreas vulneráveis à corrosão intergranular.
  • Corrosão intergranular: As zonas empobrecidas de cromo tornam-se propensas à corrosão localizada, que ocorre ao longo dos contornos de grão, comprometendo a integridade estrutural do material.
  • Redução na vida útil: Componentes expostos a ambientes corrosivos, como indústrias químicas e marítimas, sofrem degradação mais rápida.
  • Danos estruturais: Em casos extremos, pode levar à falha catastrófica de equipamentos.
  1. Tempo de exposição: Quanto mais tempo o material permanecer na faixa crítica de temperatura, maior será a precipitação de carbonetos.
  2. Composição química:
  • Altos teores de carbono aumentam a suscetibilidade à sensibilização, pois mais carbono está disponível para reagir com o cromo.
  • A adição de estabilizadores, como titanium (Ti) ou nióbio (Nb), reduz o risco, pois esses elementos formam carbonetos mais estáveis que o Cr23C6.
  1. Ciclo térmico: Processos como soldagem, recozimento ou aquecimento irregular podem causar sensibilização.
  1. Uso de aços inoxidáveis de baixo carbono (série L):
  • Aços com teor reduzido de carbono, como AISI 304L ou 316L, minimizam a formação de carbonetos de cromo.
  • O carbono é limitado a valores abaixo de 0,03%, reduzindo a quantidade disponível para precipitação.
  1. Adição de estabilizadores:
  • Elementos como titânio (Ti) e nióbio (Nb) preferencialmente formam carbonetos, evitando que o cromo reaja com o carbono.
  • Exemplos: AISI 321 (Ti estabilizado) e AISI 347 (Nb estabilizado).
  1. Tratamento térmico de solubilização:
  • O material é aquecido a altas temperaturas (geralmente entre 1000°C e 1100°C) e rapidamente resfriado para dissolver os carbonetos e evitar sua reprecipitação.

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