As manifestações em Madri, ocorridas em setembro de 2012, são parte de um contexto mais amplo de protestos que tomaram conta de vários países europeus na época. Essas manifestações, organizadas pelo Movimento dos Indignados, refletiam o descontentamento da população com a crise econômica que afetava fortemente a Europa. Os protestos eram uma resposta direta às políticas de austeridade implementadas pelos governos, que visavam a redução do déficit público mas, ao mesmo tempo, implicavam cortes significativos nos gastos sociais e aumentos de impostos, impactando negativamente a vida dos cidadãos.

 

A Espanha, especificamente, enfrentava uma grave crise econômica com altos índices de desemprego e precarização do trabalho. As medidas de austeridade adotadas pelo governo espanhol, sob pressão da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, incluíam cortes em serviços públicos, como saúde e educação, e reformas trabalhistas que facilitavam a demissão de trabalhadores. Essas medidas geraram uma onda de indignação e levaram milhares de pessoas às ruas para protestar contra a gestão da crise pelo governo, expressando sua insatisfação com as consequências sociais das políticas de austeridade.

 

A) Errada. A recusa da União Europeia de emprestar dinheiro aos bancos espanhóis não foi o principal motivo das manifestações. Na verdade, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional aprovaram um resgate financeiro para os bancos espanhóis, mas isso estava condicionado à implementação de severas medidas de austeridade, conforme reportado pela BBC e outros veículos de comunicação.

 

B) Correta. As manifestações de setembro de 2012 em Madri estavam diretamente relacionadas às medidas de austeridade adotadas pelo governo espanhol para reduzir o déficit público. Estas medidas incluíam cortes em serviços essenciais e reformas econômicas que afetavam negativamente a população, conforme relatado em matérias do El País e do The Guardian.

 

C) Errada. Embora casos de corrupção envolvendo políticos tenham sido uma questão significativa na Espanha, as manifestações mencionadas no texto estavam mais focadas nas medidas de austeridade e na crise econômica. A corrupção pode ter alimentado o descontentamento, mas não foi o foco principal dos protestos em questão, como apontado em análises do New York Times.

 

D) Errada. A aprovação de leis restritivas aos imigrantes não foi a causa principal das manifestações. Os protestos de 2012 estavam centrados nas políticas de austeridade e nas suas repercussões sociais e econômicas, conforme detalhado por fontes como O Globo e CNN.

 

E) Errada. O plano de combate ao terrorismo não foi a causa das manifestações. As medidas de austeridade e os cortes em serviços públicos foram os principais motivos dos protestos, conforme corroborado por relatórios da União Europeia e estudos acadêmicos sobre o período.

 

As manifestações em Madri, em setembro de 2012, estavam relacionadas às medidas de austeridade adotadas pelo governo espanhol para reduzir o déficit público. Essas medidas, impostas como condição para a ajuda financeira internacional, foram amplamente contestadas pela população devido ao seu impacto negativo sobre os serviços públicos e a qualidade de vida.

 

Resposta: B 

Gabarito do Professor: B

GABARITO B. Dezenas de milhares de cidadãos espanhóis, dentre eles funcionários públicos, do setor privado, sindicalistas e artistas, voltaram às ruas ontem em pelo menos 80 cidades espanholas para protestar contra o último pacote com medidas de austeridade.

 

Parlamento aprova plano de ajuste da economia

O Congresso dos Deputados da Espanha (câmara baixa do Parlamento) aprovou ontem as novas medidas de ajuste do governo, que incluem a alta do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e a diminuição do valor do auxílio-desemprego, entre outras, para economizar 65 bilhões de euros.

As medidas foram aprovadas por 180 votos a favor, 131 contra e uma abstenção em uma votação na qual o governo só teve o apoio de seu grupo, o Partido Popular (PP).

Os partidos de esquerda, a coalizão basca nacionalista Amaiur e a Esquerda Republicana (ERC), catalã, se ausentaram do plenário na votação para não serem “cúmplices” do que consideram um “ataque brutal” aos direitos sociais dos cidadãos.

Com as novas medidas de ajuste, o governo presidido por Mariano Rajoy espera reduzir o déficit público para 3% do PIB até 2014.

gabarito: B
Continuidade do texto:
O primeiro dia de protesto contra os planos de austeridade do governo foi realizado em 25 de setembro e reprimido de maneira violenta.(...)
A Espanha recebe um plano de ajuda europeu para os seus bancos em dificuldade desde junho e paga o preço com medidas de austeridade histórica para reduzir o déficit público. Essas medidas adotadas pelo governo conservador em dezembro têm causado profundo descontentamento.
 

Nascido há um ano para protestar contra a crise, os políticos e os excessos do capitalismo, o movimento dos "indignados" voltou às praças da Espanha neste sábado (12), no pontapé inicial de quatro dias de mobilizações para demonstrar que seu espírito continua vivo.

Sob o lema "Tomar as ruas", os ativistas, em sua maioria jovens mobilizados através das redes sociais, convocaram concentrações em 80 cidades, entre elas Madri e Barcelona. Em torno de um grande cartaz branco no qual era possível ler "Open the eyes" (abra os olhos), os primeiros "indignados" começaram a se reunir pela manhã na Praça da Catalunha de Barcelona.

Graças ao movimento surgido em 15 de maio passado, "pouco a pouco a sociedade foi abrindo os olhos", afirma Noelia Moreno, de 30 anos, uma das participantes do protesto que, inspirado nas manifestações da primavera árabe, surpreendeu o mundo.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/05/movimento-dos-indignados-toma-ruas-da-espanha-neste-sabado.html

Bons estudos!