Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CO...

Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Q2032684 Português
Como as redes sociais têm incentivado a adoção de
jovens “esquecidos” nos abrigos

     “Eu olhei aquela foto, depois cliquei no vídeo e senti que ela já era a minha filha, que eu sempre fui a mãe dela e que a gente só estava separada.” A operadora de telemarketing Eliene Cristina Magalhães, de 28 anos, e o marido, o jornalista e servidor público Carlos Pierre, de 31, viam a menina se movimentar em frente ___ câmera, sorrir, abraçar e “trocar a fralda de uma bonequinha”. “Apesar das limitações que ela tem, é uma criança muito doce e pode completar sua família”, sugeriam a voz e as legendas em um vídeo de 1 minuto e 28 segundos que assistiam em casa, em Uberlândia, Minas Gerais - e que aproximariam surpreendentemente as vidas dos três.
     Eliene não esquece: seus olhos estavam fixados em Camili. Diagnosticada com deficiência mental moderada, a menina morava ___ mais de 1.000km de distância, em Viana, no Espírito Santo. Estava em meio a milhares de crianças e adolescentes brasileiros na fila de adoção, ___ espera de uma chance que parecia não chegar nunca.
     Camili tinha 12 anos. Viu os irmãos mais novos serem adotados enquanto ela continuava esperando. A foto e o vídeo da menina, postados cerca de quatro meses antes, apareciam em uma página de internet do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e no canal do Tribunal no YouTube. “Eu vi e comecei a sonhar.”, recorda Eliene. Menos de dois meses depois, ela e o marido foram buscá-la.
     A adoção de Camili foi possível graças à aposta das Varas da Infância e Adolescência no Brasil em usar redes sociais e outras plataformas online para dar cara e “voz” a crianças e adolescentes que estavam fora do radar da maioria dos possíveis pais e mães no país. Aproximadamente 90% dos que estão no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) em busca de um filho se mostram abertos apenas a crianças com menos de oito anos. Cerca de 60% não querem adotar irmãos, e um percentual parecido só está interessado em levar a criança para casa se ela for saudável. Esse não era o perfil de Camili e não é o de mais da metade das crianças que estão hoje no Cadastro.
     “O programa que estamos desenvolvendo é voltado para as crianças e adolescentes que estão no cadastro, todavia, sem pretendentes. Elas são de difícil colocação em uma família adotiva e suas informações não eram sequer acessadas (por potenciais adotantes do cadastro)”, diz a juíza Helia Viegas. Por meio do Projeto Família, de autoria da psicóloga Maria Tereza Vieira de Figueiredo, a Comissão estadual compartilha fotos e os anseios dos que aceitam participar da campanha (com autorização judicial para isso). O conteúdo produzido fica, por enquanto, em sua página no Facebook. Se conseguirem aparato técnico, o que tentam viabilizar por meio de parcerias, por falta de recursos, o plano é produzir vídeos e usar o Instagram para reforçar a divulgação. “Uma coisa é ter os dados frios. Outra é conhecer mais sobre eles. Aí, o mundo se transforma”.
https://g1.globo.com/olha-que-legal/noticia/... - adaptado
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:
Alternativas