O caráter inusitado da tese defendida no texto está no fato ...

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Leia o Texto I a seguir para responder à questão.


Texto I

Notícias falsas: os “novos vetores”

A proliferação de notícias falsas (“fake news”) está contribuindo tanto quanto os insetos para o retrocesso no combate a velhas e novas epidemias. Segundo uma pesquisa realizada este ano pelo Ibope, sob encomenda da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), em parceria com a rede de mobilização social Avaaz, dois terços dos brasileiros acreditam em ao menos uma afirmação imprecisa sobre vacinação. 
Intitulado “As Fake News estão nos deixando doentes?”, o estudo teve como objetivo investigar a associação entre a desinformação e a queda nas coberturas vacinais verificadas nos últimos anos. O Ibope entrevistou cerca de duas mil pessoas acima de 16 anos, em todos os estados e no Distrito Federal e revelou o peso da ignorância e de informações falsas para o avanço de novas e antigas epidemias.
“Esse é de fato um fenômeno novo com o qual temos que aprender a lidar”, constata a professora Celina Turchi. Apesar disso, a pesquisadora da Fiocruz-PE acredita na efetividade da divulgação constante de informações sobre as formas de prevenção e controle das doenças infecciosas transmitidas por vetores, como parte das estratégias de controle de criadouros de mosquitos. 
“Creio que a população, em geral, compreende mensagens como a importância da manutenção de vasos sem água, tampar vasilhames, colocar garrafas e pneus em posição que não possibilite o acúmulo de água, e tenta manter esse tipo de proteção, particularmente durante as epidemias”.
“É um fato complicado, talvez estejamos chegando próximos ao Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley”, comentou a professora Selma Jeronimo sobre as notícias falsas que têm levado pessoas a desacreditarem a ciência e medidas como a vacinação. No entanto, ela que é também presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica (SBBq) se diz otimista e pontua que as pessoas que não acreditam na ciência, na verdade, são minoria. “A ciência está para ficar, nunca tivemos tanta sobrevida para cânceres como hoje”. Jeronimo disse que tem esperança porque há hoje, no mundo, inteligência suficiente para identificar os problemas. “A gente só escuta quem grita. Essa onda de ‘fake news’ é porque uma minoria está gritando mais”. 
“As fake news confundem a sociedade, prejudicando a tomada de decisão no nível individual e mesmo no coletivo”, diz o professor Wilson Savino. Para combater as notícias falsas, afirma o pesquisador da Fiocruz, é preciso “um ministério de ciência e tecnologia forte, com recursos muito mais importantes que os atuais, que permitam avanços importantes, de base científica e tecnológica, que serão entregues à sociedade, visando à melhoria de vida das pessoas”.
Além disso, a longo prazo, políticas de ciência e tecnologia precisam estar associadas a uma educação forte nos seus diversos níveis, com a formação de pensamento crítico, tão importante no desenvolvimento de qualquer sociedade. “Os custos gerados por tais políticas são mínimos comparados aos benefícios para a sociedade”, conclui Savino. 

Disponível em:<http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/wp-content/uploads/2019/12/JC_787.pdf> . Acesso em: 23 mar. 2020. (Adaptado). 

O caráter inusitado da tese defendida no texto está no fato de que
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item C

atribui a uma prática de comunicação contemporânea força disseminadora de doenças equivalente aos mecanismos biológicos. 

A proliferação de notícias falsas (“fake news”) está contribuindo tanto quanto os insetos para o retrocesso no combate a velhas e novas epidemias.

essa prática de comunicação são as fake news:

"As fake news confundem a sociedade, prejudicando a tomada de decisão no nível individual e mesmo no coletivo”, diz o professor Wilson Savino."

Tese (defesa de um ponto de vista sustentado pelo autor)

O texto sugere que a proliferação de notícias falsas, conhecidas como "fake news", está contribuindo para o retrocesso no combate a epidemias de maneira semelhante aos mecanismos biológicos, como insetos transmissores de doenças.

Essa tese inusitada destaca a influência negativa da desinformação na sociedade, particularmente no contexto de saúde pública. Portanto, o caráter inusitado da tese defendida no texto está no fato de que atribui a uma prática de comunicação contemporânea força disseminadora de doenças equivalente aos mecanismos biológicos.

Para refletir:

Associação entre Desinformação e Queda nas Coberturas Vacinais: "investigar a associação entre a desinformação e a queda nas coberturas vacinais": O objetivo do estudo é estabelecer uma relação entre a desinformação e a diminuição da adesão às vacinas, indicando que as "fake news" estão influenciando diretamente comportamentos relacionados à saúde.

Opinião do Professor Wilson Savino: "As fake news confundem a sociedade, prejudicando a tomada de decisão no nível individual e mesmo no coletivo": O pesquisador ressalta como as "fake news" têm um impacto prejudicial na sociedade, afetando tanto decisões individuais quanto coletivas relacionadas à saúde.

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