Sobre figuras de linguagem, conforme preconiza Cegalla, aval...
I. As figuras de linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale quem fala ou escreve, para comunicar à expressão mais força e colorido, intensidade e beleza. Podem ser classificadas em três tipos: figuras de palavras; figuras de construção; figuras de pensamento. II. Metáfora: consiste em pôr em confronto pessoas ou coisas, a fim de lhes destacar semelhanças, características, traços comuns, visando a um efeito expressivo. III. Elipse é uma figura de pensamento que consiste na supressão de termos que, ao serem retirados, não provocam alteração de sentido; entretanto, podem causar alterações sintáticas na frase. O termo suprimido, nesse caso, recebe o nome de zeugma. IV. Pleonasmo é uma figura de construção que consiste em reiterar – repetir – palavras ou orações para enfatizar a afirmação ou sugerir insistência, progressão.
Quais estão corretas?
Comentários
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Analisando:
III - Elipse é uma figura de pensamento que consiste na supressão de termos que, ao serem retirados, não provocam alteração de sentido; entretanto, podem causar alterações sintáticas na frase. O termo suprimido, nesse caso, recebe o nome de zeugma. Errada! Zeugma é um tipo especial de Elipse pois consiste em suprimir termo anteriormente expresso no contexto.
"Nós nos desejamos e (nós) não nos possuímos."
IV - Pleonasmo é uma figura de construção que consiste em reiterar – repetir – palavras ou orações para enfatizar a afirmação ou sugerir insistência, progressão. Errada! Pleonasmo é repetição de ideias, a redundância semântica e sintática.
"Saímos para fora."; "Repetir de novo."
Gabarito A.
Gabarito na alternativa A
Solicita-se julgamento das assertivas abaixo:
I. As figuras de linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale quem fala ou escreve, para comunicar à expressão mais força e colorido, intensidade e beleza. Podem ser classificadas em três tipos: figuras de palavras; figuras de construção; figuras de pensamento.
Correta. A assertiva traz transcrição do conceito de figura de linguagem apresentado por Cegalla. São construções que ampliam a expressividade, corretamente divididas em figuras de palavras, figuras de construção e figuras de pensamento.
II. Metáfora: consiste em pôr em confronto pessoas ou coisas, a fim de lhes destacar semelhanças, características, traços comuns, visando a um efeito expressivo.
Correta. A metáfora é a comparação implícita, confrontando elementos dentro da construção textual.
III. Elipse é uma figura de pensamento que consiste na supressão de termos que, ao serem retirados, não provocam alteração de sentido; entretanto, podem causar alterações sintáticas na frase. O termo suprimido, nesse caso, recebe o nome de zeugma.
Incorreta. A elipse é figura de construção que consiste na supressão de termos retomáveis ou presumíveis dentro do contexto oracional. O zeugma, espécie de elipse, é a supressão de termo já utilizado na construção.
IV. Pleonasmo é uma figura de construção que consiste em reiterar – repetir – palavras ou orações para enfatizar a afirmação ou sugerir insistência, progressão.
Incorreta. O pleonasmo é a repetição de ideias, ocorrendo ou não repetição de termos. Não há no pleonasmo, salvo quando literário e assim desejado pelo autor, valoração enfática ou progressiva, mas o excesso de palavras para transmitir uma mesma informação.
Eu achava que era 4 tipos de figuras de linguagem: (Pensamento, Harmonia, Palavra e Sintaxe)
GABARITO: A.
Complemento dos Comentários:
FIGURAS DE PALAVRAS
1. Metáfora: comparação com valor conotativo ( o conectivo fica implícito)
Ex.:
I – Murcharam-lhe (assim como murcham as flores) os entusiasmos da mocidade.
II – Sempre sou eu (como) a estrela matutina. Se o conectivo for explícito, há símile.
III – A noite é (como) um manto negro sobre o mundo.
2. Catacrese: figura de linguagem que se refere a uma metáfora que já foi absorvida pela linguagem, de tanto ser utilizada. Ex.: "dente de serrote".
Ex.:
I – Embarcou naquele avião gigantesco. Embarcar é entrar em um barco.
II – Enterrou-lhe a faca no peito. Enterrar é colocar debaixo da terra.
3. Metonímia: substituição que se baseia numa relação lógica de significado entre dois termos.
Ex.:
I – Ela detesta ler Machado de Assis. Ninguém lê uma pessoa.
II – Bebeu dois copos cheios de cerveja artesanal. Ninguém bebe um copo.
III – O Brasil poderia gritar: “Fora, corruptos!” O Brasil não grita. A linguagem é conotativa. Os brasileiros poderiam gritar – as pessoas foram substituídas pelo país onde elas estão.
IV – Abriu uma torneira do banheiro para lavar o sono do rosto. (L. F. Veríssimo). O sono não pode ser lavado, o que se lava é o efeito do sono que estava no rosto.
V – Graham Bell permitiu que a humanidade se comunicasse melhor. Apenas uma pessoa não permitira que a humanidade se comunicasse melhor: houve a troca do invento pelo inventor, o telefone permitiu que a humanidade se comunicasse melhor.
4. Perífrase/Antonomásia: mais palavras em vez de menos (circunlóquio).
Ex.:
I – A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece normas importantes.
Em lugar de Lei Complementar n. 101 – perífrase. A construção périfrásica também é chamada de circunlóquio porque circula, mais palavras do que menos.
II – O ex-caçador de marajás apresentou ideias contestáveis. Poderia utilizar Collor ou Fernando Collor. Essa construção perifrásica é chamada de antonomásia porque faz referencia a pessoa.
A antonomásia fará sempre referência a pessoa, diferentemente da perífrase, que pode fazer referência a qualquer coisa. Toda antonomásia é uma perífrase, mas nem toda perífrase é uma antonomásia.
O QUE É ESSA TAL DE ELIPSE?
A elipse é uma figura de construção que consiste na omissão de um termo ou uma parte de uma frase, que pode ser facilmente inferido pelo contexto. É um recurso muito utilizado para tornar a expressão mais concisa e objetiva. A elipse pode ocorrer em diferentes elementos da frase, como substantivos, verbos, pronomes, entre outros.
Aqui estão alguns exemplos de elipse em frases:
1. "Ele comprou um livro, ela também." (Omitindo o verbo "comprou" na segunda parte da frase)
2. "Marcos gosta de futebol; Maria, de dança." (Omitindo o verbo "gosta" na segunda parte da frase)
3. "Pedro tem dois cachorros; João, apenas um." (Omitindo o verbo "tem" na segunda parte da frase)
4. "Eu gosto de sorvete; meu irmão, de bolo." (Omitindo o verbo "gosto" na segunda parte da frase)
Perceba que, na elipse, é possível inferir o termo ou a parte omitida a partir do contexto ou da informação anteriormente apresentada. Esse recurso contribui para a economia linguística, tornando a frase mais sucinta e fluente.
Fonte: ChatGPT
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