Em relação à Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) na Infâ...

Os vírus são responsáveis pela maioria das PAC, em torno de 90% até um ano de idade e 50% em escolares, destacando-se o Vírus Sincicial Respiratório, como o de maior incidência. Já quadros bacterianos são responsáveis por infecções mais graves, com maior comprometimento do estado geral, sendo o Streptococcus pneumoniae o agente mais prevalente.

A radiografia de tórax deve ser realizada de rotina para o diagnóstico de pneumonia em crianças mesmo sem sinais de gravidade ou sem necessidade de tratamento hospitalar, uma vez que melhora a acurácia para a instituição do tratamento e diminui a chance de complicações.

A gravidade da pneumonia em lactentes e crianças é predominantemente avaliada por critérios clínicos e presença de tiragem subcostal, dificuldade para ingerir líquidos, sinais de dificuldade respiratória mais grave (movimentos involuntários da cabeça, gemência e batimentos de asa do nariz) e cianose central são critérios para classificação como pneumonia grave.

PAC grave deve ser tratada com penicilina cristalina 150.000 U/Kg/dia a cada 6 horas ou ampicilina parenteral 50 mg/kg/dose, de 6 em 6 horas, como primeira escolha.

A amoxicilina administrada por via oral é a primeira opção terapêutica no tratamento ambulatorial das PAC, sendo recomendada para crianças de dois meses a cinco anos, uma vez que o pneumococo é apontado com o agente principal nessa faixa etária. A dose recomendada é de 50 mg/kg/dia, podendo considerar intervalos de 8 em 8 horas ou 12 em 12 horas.