O Instituto Brincante, criado há 21 anos pelo músico, co- re...
(Folha.com, 11/jul/2014. Adaptado. Disponível em < http://goo.gl/HXtA73. Último acesso. 6/set/2014)
O risco vivido pelo Instituto Brincante está relacionado
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Gabarito: C - à verticalização do bairro
Vamos entender por que a alternativa C é a correta e analisar o contexto da questão. A questão aborda o risco de despejo do Instituto Brincante em 2014, situado na Vila Madalena, São Paulo. O tema central é a verticalização urbana, que se refere ao aumento de construções verticais, como edifícios, em uma determinada área. Esse processo é comum em bairros com alta valorização imobiliária, como a Vila Madalena, que passou por um forte processo de urbanização e gentrificação nos últimos anos.
Por que a alternativa C é correta?
A verticalização do bairro tem a ver diretamente com o desenvolvimento de novos empreendimentos imobiliários que buscam maximizar o uso do espaço disponível, muitas vezes levando ao aumento dos aluguéis e, em casos extremos, ao deslocamento de instituições culturais e moradores de renda mais baixa. Em 2014, a Vila Madalena estava passando por um boom imobiliário, com muitos novos prédios sendo construídos, o que afetou instituições como o Instituto Brincante.
Análise das alternativas incorretas:
A - à construção de obras públicas: Esta alternativa está incorreta, pois o problema enfrentado pelo instituto não está relacionado a construções de infraestrutura pública, como estradas ou pontes, mas sim a empreendimentos privados.
B - à destinação do terreno a famílias de baixa renda: Esta alternativa não se aplica ao caso. A área da Vila Madalena é conhecida pela valorização imobiliária, e a destinação de terrenos para habitação de baixa renda não foi o foco das disputas de 2014.
D - às alterações do zoneamento aprovadas no Plano Diretor: Embora o zoneamento possa impactar a verticalização, a questão específica do Instituto Brincante não foi sobre mudanças recentes no Plano Diretor, mas sim sobre a pressão imobiliária para construir edifícios no local.
E - à operação da prefeitura de requalificação urbana da região: A requalificação urbana geralmente envolve melhorias em infraestrutura e espaços públicos, mas o problema do Instituto Brincante era mais especificamente associado à pressão do mercado imobiliário privado.
Em resumo, a questão do Instituto Brincante em 2014 reflete as tensões entre o desenvolvimento imobiliário e a preservação de espaços culturais em áreas urbanas em crescimento. A leitura cuidadosa do enunciado e o entendimento do contexto urbano da Vila Madalena foram fundamentais para selecionar a resposta correta.
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O Instituto Brincante corre risco de perder sua sede na Vila Madalena, bairro tradicionalmente ligado às artes na Zona Oeste de São Paulo. O imóvel é alugado e o proprietário vendeu o terreno para uma construtora, que deve solicitar o despejo na próxima semana.
O teatro-escola é um tradicional centro de educação musical e de cultura popular. “É um lugar muito singular porque ele procura estudar o Brasil e apresentar esse rosto menos visível do país sem nenhuma xenofobia”, disse o fundador da casa, o artista Antonio Nóbrega.
Segundo o ex-proprietário do imóvel, César de Oliveira Alvez, a venda do imóvel já foi concluída. “Eu estou há mais de oito anos segurando porque não queria vender. Minha intenção nunca foi vender, mas chegou num ponto de problemas de saúde e de uma série de coisas pessoais e as construtoras sempre em cima que eu tive que vender”, disse Alvez.
Nóbrega afirmou que não foi notificado a respeito da venda do imóvel, fato que Alvez desmente. Segundo o ex-proprietário, o instituto chegou até a fazer uma proposta, mas que não estaria compatível com o valor oferecido pela construtora.
O fundador do Brincante nega. “Eu acho que uma coisa dessa natureza não pode ser feita verbalmente, ele tem que mandar algo escrito falando que está vendendo e quanto vai custar e isso não foi feito verbalmente, muito menos por carta.”
A advogada do artista, Renata Maluf, disse que o instituto vai entrar com uma ação judicial “para questionar esse direito [de compra do imóvel] que não foi garantido”.
G1, 12.07.2014Fundadores do Instituto Brincante organizam campanha de financiamento coletivo
Da Redação em 10/03/15
O artista Antonio Nóbrega e a atriz e dançarina Rosane Almeida, casal fundador do Instituto Brincante, estão prestes a lançar uma grande campanha de financiamento coletivo para a construção da nova sede do espaço, que há 22 anos ocupa o número 428 da rua Purpurina, na Vila Madalena. Nesta semana, a dupla começou a gravar o filme da campanha.
Nóbrega e Rosane Almeida gravam filme da campanha. Foto: Divulgação
O Instituto Alana se engajará no projeto. Assim, para cada R$ 1 arrecadado, a instituição doará R$ 5, alcançando até R$ 2 milhões doados. A quantia seria suficiente para a reforma do imóvel e a estruturação de toda a sua parte administrativa.
Apesar de a campanha ainda não ter sido lançada, os interessados em ajudar podem se inscrever aqui para saber como apoiar o projeto quando ele entrar no ar e também estimular outros amigos a fazer o mesmo.
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Lista dos resistentes: 5 “nãos” à especulação imobiliária na Vila Madalena
Desocupação do espaço
O Instituto Brincante funciona como teatro e centro de cultura brasileira. Em função da especulação imobiliária no bairro, Nóbrega e Rosane Almeida foram notificados – no primeiro semestre de 2014 – a desocupar o local onde funciona o espaço, sob pena de ajuizamento de ação de despejo.
A campanha #ficabrincante tomou conta das redes sociais e levou 10 mil pessoas à área externa do Auditório Ibirapuera em setembro de 2014. Ao mesmo tempo, uma disputa judicial foi arrastada por meses. A decisão veio em dezembro: o instituto poderia manter o funcionamento no mesmo endereço até o fim de 2015; depois disso, seria transferido para um imóvel vizinho, pertencente a Nóbrega e Rosane.
Campanha levou várias pessoas ao Auditório do Ibirapuera. Foto: Divulgação
Em artigo, o artista Antonio Nóbrega explicou que, há quinze anos, ele e a esposa resolveram adquirir as duas casinhas coladas ao Brincante – onde a nova sede funcionará – e que lá é onde ficam o escritório de sua produtora, um pequeno centro de documentação e o local de guarda do acervo do instituto. Segundo ele, as casas têm uma área conjunta de 210 m², “espaço bem mais modesto que os 600 [m²] ocupados atualmente pelo instituto”. Por isso, será necessária uma “muito funcional e inteligente reforma nas casinhas para que possam reabrigar tudo aquilo que cabe no Brincante e o faz funcionar”
Fonte: http://vilamundo.org.br/2015/03/fundadores-do-instituto-brincante-organizam-campanha-de-financiamento-coletivo/
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