Observe as duas produções em língua portuguesa a seguir.Quad...
Observe as duas produções em língua portuguesa a seguir.
Quadro 1
LÍNGUA PORTUGUESA
Olavo Bilac (1908)
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura;
Ouro nativo, que, na ganga impura,
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
[...]
Disponível em: <https://www.academia.org.br/academicos/olavo-bilac/textosescolhidos>. Acesso em: 19 jun. 2024.
Quadro 2
LÍNGUA
Caetano Veloso (1984)
Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódia
E um profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
[...]
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/44738/>. Acesso
em: 19 jun. 2024.
Comentários
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Gabarito: A
Gabarito: Letra A
"A letra da canção de Caetano Veloso destaca uma multiculturalidade da língua portuguesa em um contexto modernista não mais preocupado com as métricas, mas com a construção de uma certa identidade nacional."
Essa opção destaca a diferença entre o poema parnasiano de Olavo Bilac, que é mais rígido em termos de forma e métrica, e a canção de Caetano Veloso, que reflete uma abordagem mais livre e modernista, focada na identidade cultural e na diversidade da língua portuguesa, sem as preocupações tradicionais com métrica.
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