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Ano: 2020 Banca: IADES Órgão: SES-DF Prova: IADES - 2020 - SES-DF - Grupo 001 |
Q1673004 Medicina
Um paciente de 47 anos de idade sofreu acidente automobilístico, com cinemática grave, em mecanismo de desaceleração, percebido trauma contuso de tórax contra a direção do carro. Era condutor e não usava cinto de segurança. O choque foi contra outro carro, e houve óbito no local. Ele foi atendido pelo serviço de ambulância e conduzido ao hospital de pronto-socorro da região. À chegada, estava desperto e conversando. Ao exame do tórax, apresentava a expansão torácica assimétrica, com murmúrio vesicular abolido em todo o hemitórax direito, escoriações e enfisema subcutâneo extenso em todo hemitórax direito e na região cervical à direita. Foram constatados FC = 120 bpm, FR = 35 irpm, PA = 80 mmHg x 35 mmHg e SatO2 = 89% sem ambiente.Observam-se, also, extremidades frias, pelve estável, abdome indolor, escala de coma de Glasgow com pontuação = 12 and hematoma na coxa direita volumoso, com fratura exposta nessa região. Não apresenta demais mudanças no exame físico. 

Acerca desse caso clínico e com base na 10a edição do Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLAS), julgue o item a seguir.


Os componentes-chave para cirurgia de controle de danos em pacientes vítimas de politrauma grave são hipotensão permissiva, ressuscitação de hemoderivados, reaquecimento, correção de acidose e detenção de hemorragia.

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A alternativa correta é C - certo.

Essa questão aborda a abordagem de um paciente politraumatizado com base nas diretrizes do Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLS). O cenário apresentado sugere um paciente que sofreu um trauma significativo, com sinais de comprometimento respiratório e hemodinâmico. Para responder corretamente, é essencial compreender os princípios da cirurgia de controle de danos em pacientes com politrauma.

A cirurgia de controle de danos é uma abordagem estratégica utilizada em pacientes com trauma grave. O objetivo é rapidamente controlar hemorragias e contaminações sem se preocupar inicialmente com a reconstrução definitiva das lesões. Essa abordagem é dividida em três fases:

  • Fase 1: Cirurgia inicial para controle de hemorragia e contaminação.
  • Fase 2: Reanimação na UTI para corrigir coagulopatia, acidose e hipotermia.
  • Fase 3: Retorno à sala cirúrgica para a cirurgia definitiva.

Os componentes-chave citados na alternativa correta incluem:

  • Hipotensão permissiva: Mantém pressão arterial mais baixa para evitar sangramentos adicionais enquanto se aguarda controle cirúrgico definitivo.
  • Ressuscitação de hemoderivados: Uso de transfusões de sangue e seus componentes para reposição volêmica e correção de coagulopatias.
  • Reaquecimento: Manter normotermia é crucial para corrigir a tríade letal do trauma (hipotermia, acidose, coagulopatia).
  • Correção de acidose: Manter a homeostase metabólica é vital para o sucesso da ressuscitação.
  • Detenção de hemorragia: Controle imediato do sangramento é a prioridade máxima na fase inicial.

Portanto, com base nas diretrizes do ATLS e nos conceitos fundamentais da cirurgia de controle de danos, a alternativa está correta ao listar esses componentes como essenciais no manejo de politraumatizados graves.

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A questão está correta. De acordo com o Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLAS), os cinco componentes-chave para a cirurgia de controle de danos em pacientes vítimas de politrauma grave são: hipotensão permissiva, ressuscitação de hemoderivados, reaquecimento, correção de acidose e detenção de hemorragia. Hipotensão permissiva refere-se a permitir uma pressão arterial mais baixa para reduzir o sangramento; ressuscitação de hemoderivados envolve a reposição de fluidos e células sanguíneas perdidas; o reaquecimento é necessário para combater a hipotermia induzida pelo trauma; a correção de acidose é feita para normalizar o pH do corpo; e a detenção de hemorragia é a parada do sangramento para prevenir a perda de sangue adicional. Assim, todos os elementos listados na questão estão de acordo com as diretrizes do ATLAS para o tratamento de politraumas graves.

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